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[Eu sou uma longa história, sou...]

Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança (Ernest Hemingway)

[Eu sou uma longa história, sou...]

Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança (Ernest Hemingway)

[Um texto diferente...]

Carla M. Henriques, 21.06.23

Este é um texto diferente. Muito diferente de todos os que já escrevi e, aqui, partilhei.

Talvez porque, também, estou numa fase muito diferente da minha vida. Não interessa agora porquê. Situações que me fizeram, de alguma forma, por agora, recolher. Isolar. Silenciar. Serenar. Com a certeza que, brevemente, a vida voltará a sorrir! Tem de sorrir.

Talvez, mais tarde, fale sobre isso.

Na verdade, nunca sei sobre o que vou escrever. Nem sempre, tudo o que escrevo são desabafos. Em alguns casos são textos que, simplesmente, escrevo, em momentos de silêncio e de reflexão, histórias, contos de fada, sonhos. Aliás tal como transcrevi, a frase de Ernest Hemingway, “Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança.”, este é o meu lema. Escrever sobre o improvável, sobre sonhos, ilusões e desilusões, sobre amor, paixão, ódio. O que me apetecer.

Hoje quero partilhar convosco uma história de amor. Uma história de amor diferente. Um amor que tenho por um menino que nem sequer conheço, mas que um dia decidi “amadrinhar” 😊. Continuo a acreditar que, se cada um de nós fizer um bocadinho, o mundo poderá tornar-se um lugar mais bonito. É nisso que acredito.

Um dia, não sei precisar qual, nem onde, conheci a “The Big Hand” e apadrinhei uma criança. O Samuel. Será, apenas, assim referido por uma questão de privacidade. O Samuel é uma criança simpática, mas muito tímida. Apesar de ter dez anos, até aos 8 anos o Samuel nunca havia estudado e nem sequer estava registado. Era o principal cuidador dos dois irmãozinhos.  O menino, como a maioria dos meninos da sua idade, gostava e gosta, muito, de jogar futebol e às escondidas.   O Samuel diz que quer ser Polícia quando for grande e a sua cor preferida é o Vermelho. Deve ser do Benfica 😊.  O seu animal preferido é o cão e tem medo de abelhas e cobras. Tal como eu!

O meu apadrinhamento e contributo, permitiu que o menino integrasse o Clube Big Hand, beneficiando de um programa de apoio alargado que inclui material escolar, uniforme, alimentação, plano de saúde e visitas familiares feitas pelos Tutores Big Hand. O primeiro passo foi registá-lo para que para pudesse frequentar a primeira classe.

Hoje recebi notícias suas. Fico feliz, sempre, que as recebo. Saber como está. Que cresce como uma criança, quase, normal deixa-me feliz. Vê-lo a sorrir deixa-me feliz. Hoje foi ainda mais especial. Numa fase difícil receber uma mensagem e foto destas deixou-me em lágrimas.

A The Big Hand tem feito um enorme e excelente trabalho ao longo dos anos e tem sido fundamental para que crianças, como o Samuel, possam ter uma infância feliz.

Para quem não conhece a The Big Hand - é uma organização não governamental para o desenvolvimento que promove o bem-estar de crianças que vivem em condições desfavoráveis, com especial atenção às meninas órfãs, garantindo o seu acesso à educação, saúde, nutrição, água e saneamento básico. Através de um modelo centrado na criança The Big Hand constrói escolas, investe em equipamentos, na formação de professores e desenvolve, em parceria com os agentes locais, programas inclusivos que visam preparar as crianças para os desafios da vida em estreita ligação com a comunidade onde vivem.

A The Big Hand é uma instituição transparente nos seus processos, de cidadãos para cidadãos, e está aberta a qualquer pessoa ou entidade que queira ajudar a mudar o mundo. A The Big Hand tem como missão contribuir para a redução da pobreza e da desigualdade em Moçambique, onde desenvolve os seus projetos na província de Manica. Apoia cerca de 7 mil crianças e as suas famílias, através da construção e gestão de salas de aula e de apoio social, da perfuração de furos de água, da realização de consultas de saúde materno-infantil.

A The Big Hand conta com o apoio de padrinhos, amigos e parceiros que fazem doações regulares ou pontuais para financiar as suas atividades. A The Big Hand também tem uma loja online onde vende vários artigos com a sua marca, permitindo a quem o queira, ajudar, desta forma. A The Big Hand acredita que todas as crianças educadas num ambiente saudável serão pessoas mais ativas, cidadãs, mães e pais. Usando todas as suas capacidades, elas trabalharão para melhorar a sua comunidade e construir um mundo melhor.

Para quem tiver curiosidade pode consultar o site: https://www.thebighand.org/

Como apadrinhar? É muito simples: https://www.thebighand.org/donativos-apadrinhamento/?tipo=apadrinhamento

Há histórias de amor, assim… que nascem à distância. Que são de amizade. De carinho. De afeto. De proteção.

Amo o Samuel, como se fosse do meu sangue. Não sei se algum dia o conhecerei. Gostava muito que sim… até lá seremos amigos à distância, mas daqueles para a VIDA.

P.S. Não partilho nenhuma foto dele por respeito à sua privacidade, mas fica um pouco dele aqui!

SAMUEL, obrigada por me teres feito sorrir, hoje, apesar de tudo. #Obrigada, meu amor. 

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