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[Eu sou uma longa história, sou...]

Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança (Ernest Hemingway)

[Eu sou uma longa história, sou...]

Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança (Ernest Hemingway)

[somos mais fortes do que pensamos e mais capazes do que acreditamos]

Sempre ouvi, ao longo da minha vida, dizer que somos mais fortes do que pensamos e mais capazes do que acreditamos, mas confesso que tinha sérias dúvidas que fosse verdade. Temos, sempre, dúvidas até não nos restar outra opção que não seja acreditar.
 
Hoje, com toda a certeza, posso dizer-vos que esta é a mais pura das verdades. Sou mais forte do que pensava e mais capaz do que acreditava. Enquanto tiver coragem, duas pernas, dois braços, coragem e fé, serei capaz.
 
Após momentos de solidão.
De silêncio.
De tristeza.
De reflexão.
De muitas lágrimas vertidas.
Muita dor.
 
Após momentos de muita ponderação senti vontade de voltar aqui. Para ficar.
Senti vontade, principalmente, de voltar a fazer o que tanto prazer me dá: escrever. Não que tenha deixado de o fazer. Faço-o, em silêncio. Faço-o, guardando nas notas do telemóvel. Faço-o naqueles momentos tão meus. Quando me sento, sozinha, na areia a sentir o vento no rosto, o sol na pele, a ouvir as ondas, a sentir o cheiro do mar e a recarregar as minhas energias.
 
Mas hoje voltei a sentir vontade ou, talvez, necessidade de escrever. Pouco me importa o que pensam. Só o que eu penso. O que eu sinto. Só isso importa. Nada mais me importa agora. Apenas EU!
Ao longo desta semana percebi que sou mais forte do que pensava. Descobri que adiamos decisões a achar que estamos a fazer o melhor, mas depois vem a vida e prova-nos o quanto estávamos errados. Abana tudo. Coloca-nos de pernas para o ar. Obriga-nos a avançar mais depressa do que achávamos que seriámos capazes. Mostra-nos que, afinal durante tanto tempo, estávamos presos a nadas. A medos. A pressões. A ilusões.
 
E de repente, sem querer, da maneira que não desejava, a vida tornou-se mais leve. Depois de tão pesada. Tornou-se muito mais leve. Difícil, mas leve. Percebo então que há muito devia ter tido coragem.Ter tomado as rédeas da minha vida. Sem medo de pensamentos e julgamentos.
 
Percebo então que mais importante que o que os outros possam pensar é o que eu penso e sinto.
E, finalmente, eis chegada a hora de seguir caminho … em direção da Felicidade.
.
❤️
Pode ser uma imagem de 1 pessoa e pulseira para o tornozelo

[Por aqui ou por ali, eis a questão?]

Quantas vezes já nos sentimos numa encruzilhada que é como quem diz entre duas escolhas? Todos nós já nos sentimos assim. 

A vida é cheia de escolhas e decisões, propósitos e definições. Caminhos e encruzilhadas, vínculos e amarras. Não raras vezes ficamos perante um dilema: escolher o caminho mais fácil e seguro, mas que poderá não nos trazer felicidade ou arriscar e seguir os nossos sonhos, mesmo que isso signifique enfrentar obstáculos e críticas dos outros, mas ser feliz?

A decisão ou escolha de ser infeliz com medo do que os outros vão pensar de nós ou arriscar e ser feliz mesmo sabendo que haverá obstáculos é, obviamente, algo muito pessoal e subjetivo. Sem dúvida que o é! Para muitos, a opinião dos outros é extremamente importante e, por isso, preferem seguir um caminho que agrade a todos, mesmo que isso signifique abrir mão das suas próprias vontades e sonhos e, até mesmo, da felicidade. Já outros acreditam que a felicidade pessoal deve estar acima de qualquer opinião alheia e, por isso mesmo, estão dispostos a enfrentar os obstáculos que surgirem no seu caminho para alcançar a tão almejada felicidade.

Eu diria, antes de mais, que não existe uma resposta certa ou errada para esta questão, pois cada pessoa tem sua própria forma de lidar com as pressões sociais e os desafios que a vida lhe vai impondo. Algumas pessoas podem sentir-se mais seguras seguindo o caminho convencional, aquele que não desafia, o que a sociedade define como certo, que não discute regras nem valores, mesmo que não concorde ou aceite. Por outro lado, há outras que preferem desbravar novos horizontes e procurar a felicidade de forma mais autêntica e pessoal, quebrando barreiras, vencendo obstáculos, indo contra o que a sociedade considera como o certo e aceitável.

Afinal quanto custa ser feliz? Haverá um preço? Ou simplesmente ser feliz jamais terá um preço?

Há uns dias discutia este tema com alguém especial. Trocámos algumas mensagens sobre o assunto. E questionava o que era preferível: romper barreiras, lutar contra tudo e todos e ser feliz ou, um dia, olhar para trás e arrependermo-nos do quão podíamos ter sido felizes e não fomos com medo das opiniões alheias?

Sem dúvida que a felicidade é algo muito pessoal, já o disse antes, e que cada pessoa deve encontrar sua própria forma de alcançá-la, sem pressões e/ou obrigações, seja seguindo as expectativas sociais ou seguindo o seu próprio caminho, o importante é que a pessoa se sinta realizada e feliz consigo mesma. É preciso ter coragem para enfrentar os obstáculos da vida, mas também é importante lembrar que o medo e a insegurança podem ser superados com o tempo e a experiência. O importante é nunca deixar de procurar a felicidade e a realização pessoal, independentemente dos desafios que possam surgir no nosso caminho, das opiniões dos outros, dos nossos medos e receios. Afinal o arco-íris não surge nos dias de chuva?

Compreendo que muitos de nós optem pela segurança e a estabilidade, mesmo que isso signifique abrir mão dos nossos desejos e sonhos, mas não há nada pior que o fazer por temer o julgamento dos outros e preferir evitar qualquer tipo de conflito ou desconforto, porque, no fim, essa escolha pode levar a uma vida infeliz e insatisfatória.

Por muito que entenda quem escolhe ficar, em vez de partir ou partir, em vez de ficar, por medo do julgamento dos outros, por medo do incerto, eu escolheria a estrada, a encruzilhada, o caminho que me pode levar à felicidade e, embora pudesse saber que seguir os meus sonhos, desejos, planos possa ser assustador e difícil, há algo que de que não me esqueço jamais: a felicidade exige esforço, nunca será algo simples e fácil de obter!

 A vida é tão cheia de altos e baixos, que será sempre, através da superação desses mesmos obstáculos que crescemos e nos tornamos mais fortes. Além disso, quando seguimos os nossos sonhos, desejos e planos, estamos a viver uma vida autêntica, verdadeira e com significado, que nos trará, com certeza, uma sensação de realização e propósito.

O caminho pode ser difícil, pode estar cheio de pedras e obstáculos, poderão existir muitas quedas, mas acreditar que vale a pena lutar pelos nossos sonhos e pela nossa felicidade é meio caminho para conseguir vencer.

Em última análise, direi sempre que não obstante a escolha, entre a segurança e o risco, ser uma decisão pessoal e depender de cada um de nós, não devemos nunca esquecer que a vida é curta e que devemos aproveitar ao máximo cada momento. E aproveitá-los bem. Com um sorriso no rosto, sempre.

Se têm um sonho, não deixem o medo ou o julgamento dos outros impedir-vos de persegui-lo, de o viver. Arrisquem e sigam os vossos sonhos e desejos mesmo que isso signifique enfrentar tudo e todos ou nunca saberão como podia ter sido. Não haverá, com certeza, pior do que viver com a dúvida.

A felicidade é uma recompensa demasiado valiosa pela qual valerá, sempre, a pena lutar. Entre o certo e o errado, escolhe a Felicidade. 

Acabo, o presente, texto com uma frase: Precisamos estar dispostos a nos livrar da vida que planejamos, para podermos viver a vida que nos espera. A pele velha tem que cair para que uma nova possa nascer. - Joseph Campbell 

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[O que aprendi, sobre mim, ao tornar-me mãe?]

Este seria, à partida, um daqueles textos bonitos de escrever e ler. Cheio de floreados, de adornos, de fantasia, de puro amor. Em parte, não o será. Romantizar a maternidade continua a ser um erro. Fazer dela um bicho papão, também. É preciso olhar para a maternidade com peso e medida e, principalmente, de forma real. Cada caso é um caso. Uma mulher nunca mais será a mesma desde que decide gerar vida. Desde que decide ser mãe.

Quis muito ser mãe. Durante um tempo, creio, detestei sê-lo.

Fui mãe, de gémeos, com 24 anos. Sim, 24 anos. Sim, gémeos. Fui mãe, bastante nova, porque achei que era o meu projeto de vida. Quando o desejei, achei que seria simples, fácil e que no fim me iria sentir a mulher mais feliz do mundo. Durante quase dois anos, lutei para ser mãe, fiz vários tratamentos, sofri muito. Quase perdi os meus filhos após saber que já os carregava no meu ventre. Tentar ser mãe é uma luta solitária, dura, difícil. Mas ser mãe é, também, uma das experiências mais intensas que podemos viver. Tornar-me mãe foi uma das experiências mais transformadoras da minha vida. Por várias razões. Não foi o sonho que imaginei. Esteve longe de o ser. Em alguns dias esteve, muito, perto de parecer um verdadeiro inferno. Palpites daqui e dali. Julgamentos. Opiniões. Cansaço extremo. Desilusão. Baixa autoestima. Virei gata borralheira. Deixei de me cuidar. Visitas constantes, quando tudo o que queria era, somente, paz e sossego. Estar com os meus filhos. Olhar para eles. Criar uma relação com eles. Descansar.

Ser mãe fez-me aprender muito sobre mim mesma, principalmente a amar de uma forma gratuita e incondicional. A cuidar daqueles dois seres com amor, dedicação e responsabilidade e, acima de tudo, a valorizar cada momento com eles e cada sorriso deles. Aprendi, também, a desvalorizar as minhas dificuldades, as minhas incertezas, os meus medos e as minhas frustrações. Aprendi a ser mais paciente, mais flexível, mais criativa e mais resiliente. Aprendi a conhecer-me melhor, a reconhecer os meus limites e as minhas qualidades, a aceitar as minhas falhas e a celebrar as minhas conquistas. Aprendi a reinventar-me, a adaptar-me, a desafiar-me e a superar-me. Aprendi que ser mãe é uma jornada de descoberta, constante, de aprendizagem, dúvidas, crescimento e de felicidade, mas que jamais devemos deixar de ser mulheres e tornar-nos exclusivamente mães.

Ser mãe, também, me ensinou que sou muito mais forte e corajosa do que imaginava. Que viro leoa para defender os meus filhos. Mas, acima de tudo, descobri em mim uma força interna que me guia nos momentos mais difíceis. Aprendi que nem tudo é perfeito e que, apesar disso, afinal, está tudo bem.

A perfeição na maternidade é uma ilusão. Não é tudo perfeito como tentam passar. Aceitar que cometer erros faz parte do processo e que cada erro é uma oportunidade para aprender, melhorar e crescer é o caminho certo. Valorizar as pequenas coisas e encontrar a alegria na simplicidade é a melhor das opções. Aprendi, ao fim de algum tempo, a descobrir-me, que continuo a ser mulher. Sensual e com vontade de me sentir desejada.

Hoje, diria, que a maternidade não foi o fim da minha jornada pessoal, mas sim o início de uma nova fase. Ainda tenho muito a aprender, experienciar e descobrir sobre mim mesma e sobre o mundo ao meu redor. Ser mãe é um presente maravilhoso e desafiador, que me ensinou e ensina algo novo todos os dias e me ajuda a crescer como ser humano, agora de uma forma diferente. Ser mãe, sim, mas nunca deixar de ser mulher.

Volvidos, quase, 18 anos, ser mãe tornou-se um desafio diferente. Já penso quando irão voar e o “ninho” ficará vazio. Faz-me pensar que não sei onde ficaram estes, quase, 18 anos. E se, até há pouco tempo, achava que ser mãe era algo que jamais voltaria a querer, hoje, percebi que não aproveitei a maternidade como devia e com 42 anos, apesar da sociedade ser a maior julgadora – e que me importa a mim, seria perfeitamente capaz de voltar a gerar vida.

Seria uma mãe diferente. Mais emotiva. Mais disponível. Mais sensual. Mais feliz. Mais eu!

Porque não há idade para a maternidade quando há desejo e amor!

Texto original publicado em: O que aprendi, sobre mim, ao tornar-me mãe? - Repórter Sombra (reportersombra.com)

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[ um dia vou falar-lhes de ti 💖]

Um dia vou sentar-me, na areia, embalada pelo mar e vou-lhes falar de ti. Vou contar-lhes o que vivemos e o quão foi importante para mim.
Sim,um dia,vou falar-lhes de ti.
Hoje não falo de ti.
Escrevo sobre o que és para mim.
A importância que tens desde o primeiro momento.
Mal sabias. Mal eu sabia.
Sim,um dia,vou falar-lhes de ti.
vou contar-lhes que foste o grande amor da minha vida.
O meu princípio e o meu fim.
O meu tudo e o meu nada.
Que entraste na minha vida quando menos esperava e abalaste todo o meu ser.
Sim, um dia, vou falar-lhes de ti.
Não, para ti ou para mim.
Nem de nós ou para nós.
Mas de ti.
Vou falar,apenas,de ti.
Daquele que entrou na minha vida de mansinho e nela permaneceu.
Sim, um dia, vou falar-lhes de ti.
Um dia vou ganhar coragem e dizer que, apesar do medo,decidi amar-te.
Dizer que, apesar do receio,decidi permitir-me.
Dizer que,mesmo sabendo dos obstáculos,te quis e aceitei na minha vida.
Um dia,sim,vou-lhes falar de ti.
Do teu sorriso.
Do teu abraço.
Vou contar-lhes que foste o meu porto de abrigo.
Vou contar-lhes como te deixei entrar, na minha vida,e como tantas vezes, te tentei afastar.
Vou contar-lhes como me apaixonei e amei em silêncio.
Sim,um dia, vou falar-lhes de ti.
Vou falar como um,simples,abraço me prendeu.
Como me perdi,sem saber,naquele dia em ti! Não sabes.
Talvez nunca venhas a saber.
Vou falar-lhes de intimidade.
Cumplicidade.
Química.
Magia.
Um dia vou falar-lhes de ti.
Vou falar-lhes que o verdadeiro amor existe.
Que, sem querermos,a vida coloca aquela pessoa no nosso caminho.
Não interessa como começa ou acaba.
Interessa o que deixa em nós.
Tu,sem saberes,deixaste tanto.
Não sabes.
Talvez nunca venhas a saber.
Foste o melhor. Foste o amor puro e verdadeiro. Os arrepios na pele. O olhar sincero.
Um dia, talvez perto da hora da minha morte,vou falar-lhes de ti.
Dizer o teu nome e o quanto te amei!
Vou contar-lhes que jamais me esqueci de ti.
Vou contar-lhes que, jamais, deixei de sentir o teu perfume no meu corpo.
O toque na minha pele.
O beijo no meu rosto.
Sim, um dia,vou falar-lhes de ti.
Vou contar-lhes que o amor existe.
Está ali,muitas vezes,ao virar da esquina.
Vou contar-lhes que viveste,sempre, em mim.
Nas memórias que revivi.
Todos os dias.
Sim…um dia, vou contar-lhes sobre ti.
Aquele que viveu, para sempre, em mim!
Um dia vou falar-lhes de TI!
.
❤️

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