Se eu morrer amanhã, guarda de mim aquilo que fui. Guarda de mim o que te dei. Guarda o meu sorriso, o meu jeito de falar, as minhas manias, os meus gostos e as minhas imperfeições.
Não me tornes numa Deusa, que não fui.
Não me idolatres, não me transformes em algo que eu não fui.

Lembra-te das histórias que te contei, dos meus sonhos e dos meus medos.
Guarda as nossas histórias e memórias, encontros e desencontros. Aqui e ali.
Lembra-te do meu sorriso.
Guarda a minha alma, a minha essência e a minha personalidade.
Não permitas que a minha morte apague aquilo que vivi, aquilo que senti e aquilo que aprendi. Não permitas que apague o quanto te amei.

Fala de mim com amor, carinho, ternura e respeito. Não deixes que a saudade te consuma, mas sim que te acalente.
Chora por mim, se e quando sentires vontade, mas não te esqueças de sorrir também.
Lembra-te que tentei viver intensamente, que amei, muito, que senti alegria e dor, que fiz muita coisa certa mas também cometi os meus erros. Lembra-te que tudo isso me fez ser quem eu fui. Quem sou.

Se eu morrer amanhã, não lamentes a minha partida. Peço, por favor, que celebres a minha existência.
Sê grato pela oportunidade de me teres conhecido e pelo pouco que vivemos juntos.
E se algum dia sentires a minha falta, lembra-te que eu nunca desapareci, apenas parti para outro lugar. E de lá estarei, sempre, a olhar por ti.

Guarda de mim aquilo que fui, para que eu possa viver para sempre na tua memória e no teu coração. Em amor.

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"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" ~ Antoine de Saint-Exupery