Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança
(Ernest Hemingway)
Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança
(Ernest Hemingway)
Este é um texto diferente. Muito diferente de todos os que já escrevi e, aqui, partilhei.
Talvez porque, também, estou numa fase muito diferente da minha vida. Não interessa agora porquê. Situações que me fizeram, de alguma forma, por agora, recolher. Isolar. Silenciar. Serenar. Com a certeza que, brevemente, a vida voltará a sorrir! Tem de sorrir.
Talvez, mais tarde, fale sobre isso.
Na verdade, nunca sei sobre o que vou escrever. Nem sempre, tudo o que escrevo são desabafos. Em alguns casos são textos que, simplesmente, escrevo, em momentos de silêncio e de reflexão, histórias, contos de fada, sonhos. Aliás tal como transcrevi, a frase de Ernest Hemingway, “Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança.”, este é o meu lema. Escrever sobre o improvável, sobre sonhos, ilusões e desilusões, sobre amor, paixão, ódio. O que me apetecer.
Hoje quero partilhar convosco uma história de amor. Uma história de amor diferente. Um amor que tenho por um menino que nem sequer conheço, mas que um dia decidi “amadrinhar” 😊. Continuo a acreditar que, se cada um de nós fizer um bocadinho, o mundo poderá tornar-se um lugar mais bonito. É nisso que acredito.
Um dia, não sei precisar qual, nem onde, conheci a “The Big Hand” e apadrinhei uma criança. O Samuel. Será, apenas, assim referido por uma questão de privacidade. O Samuel é uma criança simpática, mas muito tímida. Apesar de ter dez anos, até aos 8 anos o Samuel nunca havia estudado e nem sequer estava registado. Era o principal cuidador dos dois irmãozinhos. O menino, como a maioria dos meninos da sua idade, gostava e gosta, muito, de jogar futebol e às escondidas. O Samuel diz que quer ser Polícia quando for grande e a sua cor preferida é o Vermelho. Deve ser do Benfica 😊. O seu animal preferido é o cão e tem medo de abelhas e cobras. Tal como eu!
O meu apadrinhamento e contributo, permitiu que o menino integrasse o Clube Big Hand, beneficiando de um programa de apoio alargado que inclui material escolar, uniforme, alimentação, plano de saúde e visitas familiares feitas pelos Tutores Big Hand. O primeiro passo foi registá-lo para que para pudesse frequentar a primeira classe.
Hoje recebi notícias suas. Fico feliz, sempre, que as recebo. Saber como está. Que cresce como uma criança, quase, normal deixa-me feliz. Vê-lo a sorrir deixa-me feliz. Hoje foi ainda mais especial. Numa fase difícil receber uma mensagem e foto destas deixou-me em lágrimas.
A The Big Hand tem feito um enorme e excelente trabalho ao longo dos anos e tem sido fundamental para que crianças, como o Samuel, possam ter uma infância feliz.
Para quem não conhece a The Big Hand - é uma organização não governamental para o desenvolvimento que promove o bem-estar de crianças que vivem em condições desfavoráveis, com especial atenção às meninas órfãs, garantindo o seu acesso à educação, saúde, nutrição, água e saneamento básico. Através de um modelo centrado na criança The Big Hand constrói escolas, investe em equipamentos, na formação de professores e desenvolve, em parceria com os agentes locais, programas inclusivos que visam preparar as crianças para os desafios da vida em estreita ligação com a comunidade onde vivem.
A The Big Hand é uma instituição transparente nos seus processos, de cidadãos para cidadãos, e está aberta a qualquer pessoa ou entidade que queira ajudar a mudar o mundo. A The Big Hand tem como missão contribuir para a redução da pobreza e da desigualdade em Moçambique, onde desenvolve os seus projetos na província de Manica. Apoia cerca de 7 mil crianças e as suas famílias, através da construção e gestão de salas de aula e de apoio social, da perfuração de furos de água, da realização de consultas de saúde materno-infantil.
A The Big Hand conta com o apoio de padrinhos, amigos e parceiros que fazem doações regulares ou pontuais para financiar as suas atividades. A The Big Hand também tem uma loja online onde vende vários artigos com a sua marca, permitindo a quem o queira, ajudar, desta forma. A The Big Hand acredita que todas as crianças educadas num ambiente saudável serão pessoas mais ativas, cidadãs, mães e pais. Usando todas as suas capacidades, elas trabalharão para melhorar a sua comunidade e construir um mundo melhor.
Há histórias de amor, assim… que nascem à distância. Que são de amizade. De carinho. De afeto. De proteção.
Amo o Samuel, como se fosse do meu sangue. Não sei se algum dia o conhecerei. Gostava muito que sim… até lá seremos amigos à distância, mas daqueles para a VIDA.
P.S. Não partilho nenhuma foto dele por respeito à sua privacidade, mas fica um pouco dele aqui!
SAMUEL, obrigada por me teres feito sorrir, hoje, apesar de tudo. #Obrigada, meu amor.
Uma história que começou quando nascemos e se foi desenrolando com o passar dos dias. Uma história que é feita de escolhas, acasos, sonhos, desafios, erros e acertos. Uma história que é única e pessoal, mas que também se entrelaça com outras histórias. Outras pessoas. Vários acontecimentos.
A nossa história, a inacabada, é o que nos define e nos diferencia.
É o que nos motiva e nos inspira.
É o que nos faz crescer e aprender.
É o que nos dá sentido e propósito.
Mas também é o que nos limita e nos assusta. É o que nos faz duvidar e desistir.
É o que nos traz dor e arrependimento.
A Nossa história é um mistério e uma aventura.
Não sabemos como vai terminar.
Não sabemos como serão os próximos capítulos, nem quais as personagens que vão entrar ou sair.
Não sabemos quais os obstáculos, nem quais as recompensas.
Não sabemos quais as surpresas, nem quais as deceções.
A nossa história inacabada é um desafio e uma oportunidade.
Temos de enfrentar os nossos medos e as nossas dificuldades.
Temos de vencer as nossas metas e as nossas paixões.
Temos de aproveitar os nossos momentos e as nossas pessoas.
Temos de escrever a nossa história com coragem e criatividade.
Agarro o envelope que me passam para as mãos. Agradeço e saio sem olhar para trás.
Saio sem o abrir. Sento-me numa cadeira, na rua, a tentar ganhar coragem para abrir aquele bendito/maldito envelope.
Lá dentro a esperança ou o inferno.
Fico, ali, sozinha em silêncio. Tenho medo de abrir. Não sei se quero abrir. Se tenho coragem.
Precisava de ti. Ali comigo. Para me apoiares. Para me abraçares, independente do desfecho.
Só precisava de ti. Ali. Isso seria o suficiente.
Com o envelope, fechado, nas mãos, opto por pegar no telemóvel e fingir que nada se passa. Tento ganhar coragem.
Finjo que estou ali, naquela cadeira, simplesmente por estar.
Abro o Facebook. Vejo as novidades. Tudo visto.
Siga.
Abro o Instagram. Vejo as novidades. Tudo visto.
Siga.
E agora?
Não devias abrir o envelope? - Penso.
Não queres saber o que o destino te reserva? - Talvez não!
Continuo com medo. Precisava de ti. Como precisava. Precisava daquela abraço. Sabes? Aquele...
Precisava de ti. Ali. Só. Em silêncio. Ao meu lado. Para me veres chorar de tristeza ou alegria.
Não estás!
O abraço que precisei nunca surgiu.
E agora?
Ironia das ironias. Tu surges, vindo não sei de onde. Mas não por mim. Não para mim. Eu continuarei, ali, sozinha, em silêncio na cadeira. Baixo a cara. Não te quero encarar. Não quero perceber que não é por mim que estás ali.
Pego no envelope, fechado, atiro-o para dentro da mala.
Perco a coragem.
Mais tarde, sozinha, como sempre, irei ver o que o destino me reserva.
Para já…faço como tu, atiro-o para dentro da mala, e ignoro! Quando tiver coragem...logo abro.
Olho para ti pela última vez. Tu estás, tranquilamente, deitado na cama, a dormir. Acredito que, neste momento, nada te fizesse sair desse sono, profundo, em que te encontras.
Tu não sabes que eu estou aqui.
Tu não sabes que eu vou embora.
Tu não sabes que, no silêncio da noite, me vim despedir de ti. Do nosso Amor.
Eu amo-te.
Sabes?
Eu amo-te mais do que tudo na vida.
Eu amo-te desde o primeiro dia em que te vi.
Desde o dia em que te abracei pela primeira vez.
Eu amo-te com toda a minha alma e todo o meu ser.
Mas eu sei que o teu amor não me pertence.
Quis acreditar que sim.
Juro. Quis acreditar que também me amavas.
Eu sei que tu não me amas como eu te amo.
Eu sei que tu tens outra pessoa na tua vida.
Nem sei porque estás comigo.
Talvez não seja suficiente para ti.
Talvez não te faça feliz.
As lágrimas caiem pelo meu rosto abaixo.
Não consigo controlá-las.
Talvez tudo isto tenha sido um erro.
Sei lá…
Eu sei que tenho de te deixar.
Eu sei que tenho de te libertar.
Eu sei que tenho de me libertar.
Por isso digo-te adeus mesmo em silêncio.
Adeus.
Eu sei que vai doer.
Já está a doer. Como doi.
Eu sei que vai ser difícil. Muito.
Eu sei que vai ser a decisão mais dolorosa da minha vida.
Se vai…
Mas eu sei que é o melhor para nós os dois.
Eu sei que é o mais justo.
Eu sei que é o mais correto.
Não se trata do que eu quero.
Do que eu desejo ou anseio.
É o que tem de ser!
Olho uma vez mais para ti.
Dormes como um anjo.
Apetece-me acordar-te e beijar-te. Talvez pela última vez.
Mas opto por pegar na minha mala e sair do quarto.
Fujo. Não posso recuar agora.
Em cima da mesa deixo uma carta e as chaves. Um adeus, em palavras, e tudo o que ainda me restava.
Saio, de mansinho, sem olhar para trás, para não haver lugar a arrependimentos.
Entro no carro.
Ligo o motor, ponho o rádio em altos berros, está a tocar a nossa música. Parece que adivinharam.
Arranco a fundo e vou sem olhar para trás.
Digo adeus. Disse Adeus.
Fiz a minha escolha! Era o que tinha de ser feito.
Fico sentada, parada, a olhar para o nada. Olhar no vazio. Conto os dias. As horas. Sinto o meu peito apertado, a respiração alterada, um nó na garganta.
O medo é, neste momento, o meu único companheiro, mesmo que eu não o tenha convidado. Ele simplesmente aparece e fica. Paira sobre mim como um fantasma assombrando os meus pensamentos. Moldando as minhas emoções. Não consigo controlar as #emoções As #lágrimas teimam em cair.
O medo.
Não sei de onde ele vem. Mas sei, bem, do que tenho medo, embora não queira. É um sentimento difuso, abstrato, que se manifesta quando menos espero, quando me sinto vulnerável, quando as incertezas da vida parecem pesar mais do que a certeza da morte.
Talvez seja medo do desconhecido, daquilo que ainda não sei o que é ou vai ser. Mas que quero acreditar não será! Medo das respostas que não sei se quero ouvir. Ou quero, se forem boas. Medo do que possa ter de vir a enfrentar. Mas que torço para que não…
Sim. Tenho #medo Aquele sentimento complexo, confuso, que nem sempre tem razão de ser, mas que mesmo assim consome a minha #energia , rouba a minha coragem, me paralisa.
E eu ali, sentada, à espera que o medo se desfaça como uma nuvem que se dissipa ao sopro do vento. Sei que não é fácil, mas preciso enfrentá-lo, encará-lo de frente, racionalizá-lo, e aos poucos, vencê-lo, para que ele não mais me escravize. Para que não me derrube.
O desconhecido assusta, é verdade. Mas talvez a melhor forma de lidar com o medo seja não fugir dele! Antes, aperta-lo nos braços e acarinhá-lo. Talvez a melhor forma seja abraçar a vida com todas as suas incertezas, seus altos e baixos, suas #alegrias e #tristezas e seguir sem receio. Seguir com coragem. Seguir com fé.
Seguir em frente e acreditar. Sempre. Vencer o medo. Secar as poucas lágrimas que ainda tenho. Rir ainda que sem vontade.
Ganhar #coragem e lutar, contra o que seja que aí venha. Mas sem perder a #fé de que não passou de um susto e nada é ou será!
Às vezes, a vida parece que nos desafia e nos leva a testar os nossos limites. Alturas em que parece que nada dá certo e que todas as coisas vão de mal a pior. Mas, no meio de todas essas dificuldades, por vezes uma simples mensagem pode mudar todo o rumo do nosso dia.
Foi assim, comigo, hoje!
Não tenho tido os melhores dos dias, ultimamente, sinto-me cansada e, por vezes, sem esperança. Mas, hoje, sem esperar, recebi uma mensagem tão bonita que me fez chorar de emoção e sorrir, me mostrou que às vezes pequenos gestos podem mesmo fazer a diferença e ajudar o próximo.
Há dias escrevi um pequeno texto sobre a partida de um amigo de infância. Colega de escola. Namorado de primeira viagem.
Escrevi com amor. Com as emoções à flor da pele, em choque e com um misto de sentimentos. A alegria por o ter conhecido e com ele privado e a tristeza de saber da sua, prematura, partida.
Escrevi em jeito de desabafo, talvez como escrevo todos os meus textos.
Sem pretensão que sejam lidos.
Sem pretensão que, de alguma forma, mudem o dia de alguém.
Sem pretensão de que me vejam como escritora que não sou.
Gosto de escrever apenas.
As vezes escrevo para destinatários que nem sabem que o são.
Outras vezes sobre sentimentos. Amor. Tristeza. Emoção.
Outras, simplesmente,escrevo.
Mal sabia que aquele texto iria, de alguma forma, acalentar os corações de alguém.
Saber disso, hoje. deixou-me, no meio da tristeza que sentia, feliz.
E de repente, o meu dia mudou, e tudo parecia um pouco mais fácil. Era como se a mensagem tivesse reacendido a minha esperança, iluminado todo o meu ser com um carinho inesperado e especial.
O impacto que o meu texto teve naquelas pessoas, foi o mesmo que a mensagem do quão importante tinha sido para eles, teve em mim.
Nem imaginam eles o quão foi importante para mim, hoje!
E, assim, percebi o quanto, uma simples mensagem, pode ter um grande impacto nas nossas vidas, como um texto pode ajudar alguém, que ambos podem ser como uma injeção de animo, coragem, compaixão e amor.
Acho que não sabem o quão importante foi, para mim, ter tido conhecimento que leram o texto. Acho que, no fundo, este é um lembrete de que, mesmo quando tudo parece difícil, sempre há uma luz ao fundo do túnel.
Mudou o meu dia.
De verdade.
Quero acreditar que nunca estamos sozinhos, e que sempre haverá alguém disposto a ajudar-nos.
Uma simples ligação, uma mensagem, um abraço ou uma palavra amiga são suficientes para mudar tudo.
Às vezes, tudo o que precisamos é saber que alguém se importa e que estamos juntos nesta jornada.
Os inesperados são os melhores!
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Uma simples mensagem pode fazer toda a diferença. Como faz!
Obrigada. Obrigada. Obrigada, por me terem enchido hoje o meu coração. Sinto-me muito grata por isso.
Sim, há dias em que tudo o que preciso é de um abraço. Um abraço sincero. Um abraço que me faça sentir segura, amada, protegida. Um abraço que me diga, em silêncio, que tudo vai ficar bem, que vai passar e que tudo, na vida, tem um propósito. Porque há dias em que a vida parece difícil de suportar, em que as preocupações, os medos, as incertezas me invadem a mente e a alma. Dias em que a tristeza e a silêncio parecem ser as únicas companhias. E é nesses dias que um abraço sincero faz toda a diferença. É ele que me dá a força para continuar, a coragem para enfrentar os medos, a esperança para acreditar que, na verdade, tudo vai passar.
Um abraço sincero é um gesto de amor, de amizade, de carinho, de compaixão. É ele que me faz sentir que não estou sozinha, que há alguém que se importa comigo, que me ama. E mesmo que as palavras falhem, mesmo que as lágrimas caiam, um abraço sincero é a melhor forma de expressar o que se sente. É ele que me diz que não estou sozinha, que há alguém que me compreende, que me apoia.
Talvez porque, um abraço sincero, é mais do que um simples gesto físico. É um gesto de amor, de amizade, de solidariedade, de apoio. É ele que me faz sentir que é possível. Que há um caminho a seguir, que o que hoje parece difícil, amanhã já passou! E mesmo que a vida me dê provas difíceis de superar, e dá tantas, tudo se supera com um abraço. Mesmo que algumas portas se fechem, mesmo que os sonhos pareçam estar fora do alcance, um abraço sincero é o que me dá a força para continuar, para lutar, para vencer. Para continuar a acreditar, sem medos, sem receios.Porque um abraço sincero é o que me faz sentir viva, o que me faz sentir amada, o que me faz sentir que tudo é possível.
E é por isso que, sim, há dias em que tudo o que preciso é de um abraço sincero.
Hoje procurei-te em todos os lugares. Procurei por ti. Passei pelas ruas movimentadas da cidade, pelas praças vazias e pelos parques tranquilos. Procurei-te nas lembranças que guardo no coração, nos momentos felizes que partilhámos, nas conversas e nos sorrisos sinceros.
Enquanto caminhava, senti a tua presença em cada passo que dava e em cada pensamento que tinha. Lembrei-me das tuas palavras sussurradas ao ouvido, do teu sorriso acolhedor e do teu abraço carinhoso.
Procurei-te. Procurei-te. Mas, por mais que te tenha procurado, não te encontrei. Não encontrei a tua voz, o teu cheiro, os teus gestos de carinho. Não encontrei o que mais desejava: a tua companhia!
Hoje, procurei-te. Procurei-te na minha mente, no meu coração e na minha alma. Procurei por aquele sentimento que apenas tu me trazes, aquele toque que me faz sentir completa. Mas não te encontrei.
Procurei-te nas minhas memórias, nas mensagens, nas fotos e nas lembranças. Procurei tudo o que me pudesse lembrar de ti, das nossas conversas, das nossas risadas, dos nossos momentos de conexão, da nossa química. Mas as memórias não foram o suficiente.
Pensei em ti no passado. Procurei-te no presente, esperei por uma mensagem, uma chamada ou até mesmo um sinal de que também pudesses estar a pensar em mim. Procurei-te em todos os lugares, mas tu não estavas em nenhum deles.
Hoje, procurei-te. Mas não te encontrei. Mas mesmo assim, não desisti de ti. Vou continuar a procurar-te, em todos os lugares e em todos os momentos da minha vida. Pois sei que mesmo que não estejas aqui fisicamente, estarás sempre presente em mim e nas minhas memórias.
E enquanto te procurar, vou guardar com carinho todas as lembranças que temos juntos e sentir-me grata por teres feito parte da minha vida!
Hoje sinto-me vulnerável. Sou vulnerável. Estou vulnerável. Tanto faz. Há dias em que sou ou estou assim. Vulnerável. Triste. Em que rio, mas tudo o que sinto é uma enorme vontade de chorar. E sinceramente já aceitei que não há mal algum fazê-lo. Não há vergonha alguma assumir que estamos tristes ou que não nos sentimos bem. Não há vergonha assumir isso. Chorar. Silenciar. Recuperar.
Hoje sinto-me vulnerável. Triste. Sinto-me exposta aos meus medos, inseguranças e fraquezas. Sinto-me como se estivesse desprotegida neste mundo que, por vezes, parece duro e implacável. Há dias assim. Parece que cada passo que dou é uma enorme batalha, e, confesso, que tenho medo de não ser forte o suficiente para lidar com o que quer que venha a seguir.
Para vencer cada obstáculo. Cada batalha. Cada dor.
Tem sido muito duro. Difícil. Dias, como o de ontem, o de hoje, fazem-me querer desistir. A vulnerabilidade, a tristeza são emoções poderosas e, às vezes, esmagadoras. Sensações que tomam conta de nós. Que chegam sem avisar. Partem quando querem. É a certeza que não temos qualquer controlo sobre a nossa vida e as situações que nos fazem ficar assim.
Ficamos. Apenas.
Estou triste. Vulnerável. Hoje sinto-me assim. É a consciência de que me sinto ferida, enganada ou traída. Mas esta vulnerabilidade é a porta de entrada para a intimidade e para a autenticidade. Assumir que estamos vulneráveis não é fácil. Ainda mais numa sociedade em que todos parecem estar bem.
Em que todos sorriem, dizer que não estamos bem, faz-nos ficar exatamente assim: vulneráveis, expostas ao mundo!
Estou vulnerável. Não consigo deixar de pensar em tantas e tantas coisas. Mas é quando estou vulnerável que acabo por mostrar o meu verdadeiro eu, sem quaisquer barreiras ou defesas. Fico, nestas alturas, aberta a receber amor e apoio, mas também a experimentar a dor e o sofrimento. É uma experiência assustadora, mas, ao mesmo tempo, muitas vezes, necessária.
Nestes momentos, tudo o que quero, é apenas ficar em silêncio!
Admitir que me sinto vulnerável, faz-me abrir, ainda mais, o coração.
Faz-me querer dizer às pessoas o quanto as amo. O quanto me fazem falta. O quanto tenho saudades delas. Mas também me faz sentir vontade de dizer a quem me magoou as marcas que deixou na minha alma, na minha mente, no meu coração. O quanto me magoou e nem quais saber.
E, perante isto, apetece-me pegar no telefone e disparar mensagens. Mas não o faço.
Já aceitei que ser ou estar vulnerável não é um sinal de fraqueza, mas sim de coragem. É um sinal de força emocional, porque é preciso muito para ser autêntico e honesto connosco mesmos e com os outros. É, muitas vezes, um sinal de que estamos prontos para enfrentar nossos medos, superar nossas inseguranças.
Assim, e com todas as minhas dúvidas, medos, receios e inseguranças mantenho-me vulnerável, mas com a certeza que será temporário.
Hoje, só quero ficar assim: vulnerável. Permitir-me sentir as minhas emoções para amanhã poder, de novo, seguir o meu caminho. O caminho da FELICIDADE.
Soube, há poucas horas, da partida de um amigo. Um amigo de infância. Um amigo de adolescência. Alguém que marcou a minha vida de alguma forma. Fomos uma espécie de namorados de adolescência, daqueles a quem escrevemos bilhetinhos de amor na sala de aula, com quem nos escondíamos atrás dos blocos da escola, de quem riscávamos os cadernos e livros com o nosso nome juntamente com o nome dele, como se fossemos já casados. Lembro-me dos meus pais ficarem loucos por verem os livros todos escritos com a assinatura que juntava o meu nome ao dele. Naquela altura acreditávamos que seria eterno.
As nossas vidas levaram rumos diferentes. Por força das circunstâncias. Terras diferentes. Vidas diferentes. Mas isso não significa que esqueçamos o que um dia foi bonito. Quem um dia fez parte da nossa vida. Uma bonita amizade e recordação.
Saber da tua, prematura, partida, deixou-me de rastos. Deixou-me em choque. Fez-me ficar alguns minutos a olhar para a tua foto, em silêncio, como se não quisesse acreditar que era possível. Não, não pode ser. Não é!
Fez-me, acima de tudo, ficar a pensar no quão efêmera é a vida. Esta é a única realidade que é difícil aceitar, mas que é, infelizmente, inescapável. Temos, desde cedo, consciência que a vida é curta, mas nem percebemos como isso molda quem somos e as escolhas que fazemos. Talvez pudesse moldar mais se a vivêssemos de forma mais intensa e verdadeira.
Infelizmente, a efemeridade da vida é um lembrete constante. Somos finitos. Tudo tem um fim.
Hoje, o meu lembrete, foi a tua partida! Confesso que ainda não recuperei. Sinto um aperto no peito. Fuck.
Como é possível, Carlos?
Como?
Tinhas uma vida pela frente. Ao menos aproveitaste enquanto cá andaste? Foste feliz? Fizeste o que querias para aproveitar os teus dias? Quero acreditar que sim!!! Quero acreditar que tiveste vários momentos de alegria e felicidade.
Desculpa! A tua partida deixou-me sentimental. Vulnerável. Deixou-me a pensar em tantas e tantas merdas. Deixou-me com vontade de desligar o computador e sair por aí. Atrás da felicidade que tenho adiado...
Fez-me lembrar que devo aproveitar cada momento, valorizar mais determinadas pessoas e mostrar mais vezes o amor que sinto por elas. Fez-me sentir, ainda mais, vontade de demonstrar bondade e compaixão com todas as pessoas ao meu redor. Fez-me perceber que amanhã pode ser tarde para ser feliz. Que a efemeridade da vida nos desafia a fazermos algo valioso com o tempo que temos. A efemeridade da vida deve ser vista como uma oportunidade - uma oportunidade para sermos ousados, para mostrarmos amor, paixão e compaixão. Não podemos controlar o tempo, mas podemos controlar como o vivemos. Devemos aproveitar essa oportunidade e abraçar a vida com força, sabendo que tudo que temos é o aqui e o agora e que cada momento é uma chance de tornar algo incrível, sem arrependimentos pelo que não vivemos, por medo.
A tua partida fez-me perceber o quão importante é abraçar a vida com coragem e paixão e deixar de lado o medo e o receio. Fez-me perceber que só existe um momento para sermos felizes. O agora. O Amanhã pode não chegar.