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[Eu sou uma longa história, sou...]

Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança (Ernest Hemingway)

[Eu sou uma longa história, sou...]

Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança (Ernest Hemingway)

[mulheres...]

Carla M. Henriques, 16.09.24
Há mulheres que não sabem o quão fortes são.
Há mulheres que não sabem o quão fortes são … até terem de o ser. Até serem forçadas a sê-lo.
Mulheres que, ao longo de anos, se perderam em vidas, histórias que não eram suas, em relacionamentos, em expectativas alheias e na ideia de que precisavam de alguém para viver e sobreviver. Para as ajudar a levantar no momento da queda. Para as ajudar a caminhar e a alcançar o que tanto ansiavam.
Mulheres fortes de olhar sereno.
Olhando para elas, com calma, veremos sorrisos que escondem inseguranças profundas, lágrimas que não foram choradas e sonhos que foram deixados de lado.
Sim, veremos!
Mas é nas entrelinhas da vida que se revela a verdade: são elas próprias a sua salvação, a sua força, a sua coragem!
E quando voltarmos a cruzarmo-nos com elas e as voltarmos a olhar… veremos o amor, a paixão e a felicidade!
 
 
💖
 
 
 

[13.09.2024-13.10.2024]

Carla M. Henriques, 13.09.24
A esta altura faço sempre uma retrospectiva do ano que passou. Perto de completar mais uma volta ao sol, uma primavera ou inverno.Não há hipótese de errar. De trocar os números. De os virar de pernas para o ar. De trás para a frente. Serão sempre 44!
Falta precisamente um mês. A esta altura do campeonato,e não é o de futebol,nem falemos nisso que o meu clube continua pela hora da morte, imaginava estar num patamar diferente. Ter atingido um grau de satisfação e felicidade maior. Não me imaginava nas Caraíbas,nem numa praia em Ibiza,a apanhar sol e beber caipirinhas.
 
Que parva sou.
Na verdade conquistei tanta coisa no último ano, à custa de “sangue, suor e lágrimas”, quase,assim,literalmente. Se conquistei.Às vezes nem eu me lembro disso! Foram tantas lutas. Muitas lágrimas vertidas. Ganhei tanto. Conquistei a liberdade. Aprendi a voar novamente como um pássaro que acaba de nascer. Caí. Levantei. Vi entrarem e saírem tantas pessoas da minha vida. Ficaram as melhores. São as que importa manter. Confiei em algumas. Errei. Magoei. Magoei-me. Acreditei. Acho que irei continuar a acreditar mesmo que diga que não.
 
Continuo em busca do meu “porto seguro”,do meu rumo, aquele onde posso ser eu,sem medos ou julgamentos. Talvez ainda não tenha chegado a hora. O universo sabe o que faz. Sabe sempre.”Há um tempo para tudo debaixo do céu”, dizem! Começo a acreditar.
 
13, hoje,sexta-feira,não é o dia dos meus anos. Falta um mês. Mas é sempre um dia especial. Pelo amor. Pela paixão. Pela fé. Um número que me traz sempre recordações e memórias. Lembranças e histórias. Que me acompanha desde sempre. Não é de azar. É de sorte. Aquela pela qual luto todos os dias. A que me faz levantar e não desistir.Aquela que continuo a querer conquistar. Talvez esteja lá, a sorte, ao lado da felicidade ao virar de mais um ano. Quem sabe não é o 44 que tem reservado para mim tudo o que esperançosamente esperei e pelo que arduamente batalhei.
 
Quem sabe?
 
“Descobri, no meio de um inverno, que havia dentro de mim, um verão invencível. E isso faz-me feliz. Porque isso diz-me que não importa a força com que o mundo se atira contra mim, pois dentro de mim, há algo mais forte - algo melhor, empurrando de volta.”
 
 
 

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[setembro...]

Carla M. Henriques, 11.09.24
Setembro. Chegaste barulhento. Ruidoso. Sem noção da calma e tranquilidade que preciso. Chegaste com partidas inesperadas. Reviravoltas silenciosas.
Com alguma tristeza. Desilusão. Decepção.
Continuas a dar luta. Mas eu também!
Caio. Sim. Caio. Mas sabes que me levanto logo de imediato. Não sou desistente. Já devias saber!
Hoje, encontrei as escadas para o céu. Não sei se me levarão lá. Ainda não as quis subir. Talvez por medo. Fiquei a olhar para elas. A imaginar subir cada degrau, um por um, a imaginar como seria dura a subida até ao céu. Achei que devia desistir. Talvez essa “viagem” não seja para mim. Ainda não é certamente.
Mas em sentido figurado continuo a querer chegar ao céu. Talvez por que continuo a achar que é lá, no “céu” - em sentido figurado, que reside a felicidade.
Então, sim, se essas escadas me levam a esse céu, quero subi-las. Quero subir degrau a degrau. E mesmo que a cada um que suba, a subida se torne mais difícil, continuarei.
Um por um. Um por um.
Até chegar ao fim!
Cada degrau será, para mim, um símbolo. O primeiro, o impulso para mudar; o segundo, a coragem de me libertar das amarras do medo e da tristeza; o terceiro, a determinação para não desistir perante os obstáculos e as desilusões. Os restantes os pequenos momentos de felicidade.
Fui subindo não as escadas físicas, mas as metafóricas que imaginava na minha mente. Com esta nova perspectiva, dispus-me a subir um degrau de cada vez. Uma e outra vez. Mentalmente. Não há necessidade de correr, o que importa é a disposição para continuar.
E assim, olhei para aquelas escadas, reconhecendo que: a felicidade não é um ponto final, mas um caminho repleto de descobertas. E, quem sabe, um dia eu chegue ao verdadeiro céu, mas, por agora, estou confortável em encontrar a minha felicidade nas pequenas coisas ao meu redor e esquecer o ruído que setembro me trouxe.
Setembro, ainda vamos rir juntos!
 
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Pode ser uma imagem de saída de emergência e a lusco fusco