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[Eu sou uma longa história, sou...]

Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança (Ernest Hemingway)

[Eu sou uma longa história, sou...]

Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança (Ernest Hemingway)

[rugas que contam histórias ❤️]

Carla M. Henriques, 30.11.23
E ali fiquei, perdida em pensamentos, enquanto contemplava aquela cena tão simples quanto singela e encantadora.
 
Sentado no banco, lá estava aquele "velho" de semblante sereno, a dedicar o seu tempo a algo tão simples mas cheio de significado.
A quietude que envolvia o ambiente era interrompida apenas pelo suave som das asas daqueles pombos, que, confiantes, se aproximavam daquele homem. Com mãos sábias e cuidadosas, ele despejava pequenos punhados de “alimento”, como se fossem diamantes aos seus olhos. Os pombos, com os seus movimentos graciosos, aproximavam-se aos poucos como se já tivessem acostumados à sua presença acolhedora.
Na sua expressão, cheia de rugas e histórias, era possível ver a paz que emanava da sua alma. A sabedoria e a paciência acompanhavam-no, tornando-o um verdadeiro guardião daquele pequeno pedaço de natureza e daqueles animais. Era como se aquele momento fosse um pequeno “escape” para ele, uma forma de encontrar equilíbrio no meio da “agitação” da sua vida.
 
Enquanto o mundo ao redor seguia o seu ritmo frenético, ali, naquele banco, o tempo parecia desacelerar. Era um convite à contemplação, uma lembrança de que a simplicidade pode ser tão poderosa e enriquecedora quanto os momentos podem ser grandiosos.
Aquela “cena” não era mais que uma tentativa de mostrar que nós, seres humanos, tão imersos em todos os nossos afazeres e preocupações, podemos encontrar conforto nas coisas mais simples da vida. O acto de alimentar os pombos transformava-se, aos meus olhos, ali parada em silêncio e contemplação, num gesto de harmonia e conexão, num elo entre a alma daquele homem e toda a natureza ao seu redor.
Um exemplo de reverência e respeito pela vida em todas as suas formas mais humildes. O respeito pelos pombos, tão comuns e muitas vezes negligenciados, demonstrava a empatia e o cuidado que aquele "velho" nutria por cada criatura que se aproximava de si e, ali, permanecia sem medos.
 
E, eu, discretamente, ali fiquei, observando e absorvendo aquela lição silenciosa, a dádiva daquele encontro matinal. Aquele momento simples tornou-se, para mim, uma recordação de que a beleza pode ser encontrada em qualquer canto, mesmo nos lugares mais improváveis, como um banco de uma praça qualquer.
 
A sabedoria emana de onde menos esperamos, e momentos de paz e reflexão podem estar presentes até mesmo num simples banco!
❤️
 
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[Acasos da Vida...]

Carla M. Henriques, 02.11.23

Hoje escrevo sobre os acasos da vida. Aquelas situações que acontecem quando menos esperamos e que, na maioria das vezes, marcam a nossa vida de forma significativa.
Alguns desses momentos, chamemos-lhe acasos, podem ser simples coincidências ou serão respostas do universo, partidas do destino ou algo maior que ultrapasse a nossa compreensão? Será que algum dia saberemos?

É fascinante pensar como certos encontros, lugares ou acontecimentos podem mudar completamente a direção dos nossos caminhos.Acontecem quando menos esperamos.Pode ser aquela pessoa que conhecemos por acaso numa festa, num encontro ocasional à porta de casa e que se torna num grande amigo ou um emprego que aparece de repente e nos faz descobrir uma nova paixão ou talento.

Um caso ou um acaso?!Coincidência ou destino?
Há quem acredite que os acasos não são apenas fruto do acaso em si, mas sim, uma forma do destino ou do universo nos guiar para algo.
São pequenos acontecimentos na nossa vida que nos fazem voltar a acreditar.
Como se houvesse um plano invisível que nos levasse às pessoas ou situações que precisamos encontrar. Acontecimentos que precisamos viver. Momentos de felicidade.

Esses acasos, muitas vezes, parecem pequenos milagres. Acontecem por norma quando estamos a passar por momentos difíceis.
Acontecem, assim, de repente.
Sim, de repente, uma pessoa desconhecida surge com palavras de conforto ou aquela ajuda que precisas.
Ou, quando menos esperas, surge a resposta a um problema com que há muito te andavas a debater.
Ou, sem esperar, encontramos exatamente o que precisamos num livro, numa música ou até mesmo numa conversa casual.

Sim. Acontece.De repente, sem procurares.

Sim, o mais curioso é que, muitas vezes, esses supostos acasos acontecem quando menos esperamos.Quando abrimos os nossos corações e mentes para o desconhecido, sem preconceitos ou expectativas, permitimos que a magia dos acasos se manifestem.
Acontecem naquele dia em que achamos que, por várias razões, será apenas mais um dia igual a todos os outros.
Independentemente do que acreditamos sobre os acasos, uma coisa é certa: eles ensinam-nos a estarmos atentos, a aproveitarmos as oportunidades que surgem e confiar...❤