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[Eu sou uma longa história, sou...]

Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança (Ernest Hemingway)

[Eu sou uma longa história, sou...]

Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança (Ernest Hemingway)

[28 de um mês qualquer...]

Carla M. Henriques, 31.10.23

Um dia acordamos sem saber que os acontecimentos desse dia poderão, de repente, mudar toda a nossa vida. Estanho, não é?

Ficamos perdidos, sem saber por onde começar a recuperação.Tudo o que tínhamos parece ter desaparecido de uma forma avassaladora.

A sensação de desamparo instala-se, deixando-nos confusos e atordoados.
Levantamos tentando encontrar respostas, procurando entender o que aconteceu e como chegámos a esse ponto. A realidade é dura e é como se nos golpeasse com força. Os sonhos que tínhamos construído desmoronam diante dos nossos olhos.

Assim. Como se tudo se tivesse evaporado num instante.
Nada era como imaginávamos. A incerteza sufoca-nos, o futuro apresenta-se como um caminho nebuloso e desconhecido.
As certezas que tínhamos transformam-se em perguntas sem respostas. A perspetiva de um recomeço assusta e causa-nos uma mistura de sentimentos: medo, insegurança, tristeza.
No entanto, no meio de todo esse caos, uma força interior começa a despertar. E como é grande a nossa força perante as adversidades.
Percebemos que, mesmo perdendo tudo, ainda nos temos a nós mesmos. Aos poucos, começamos a reconstruir o nosso ser, a procurar novos horizontes, a reinventar a nossa história.
A vida é feita de obstáculos, e nem sempre caminhamos pelo caminho que planeámos, imaginámos ou sonhámos. E é nesses momentos de adversidade que encontramos a coragem e a força para lutar e nos reinventar. Somos tanto.

Percebemos, finalmente, isso. Descobrimos que somos capazes de superar desafios, de encontrar novas oportunidades e de reconstruir os nossos sonhos ou idealizar novos. Com o tempo, entendemos que as mudanças inesperadas nos fazem crescer, nos tornam mais resilientes e nos mostram o verdadeiro valor das coisas que nos rodeiam.
Apreciar o presente, aprender com o passado e enfrentar o futuro com coragem e determinação torna-se o nosso lema! Sem dúvida que sim.
Pode ser assustador perceber que nada era como imaginávamos, mas essa constatação traz-nos uma grande lição: a vida é imprevisível e cabe-nos adaptarmo-nos e seguir em frente. Encontramos novas direções, novos sonhos e uma nova versão de nós mesmos.

Portanto, mesmo diante das adversidades e das mudanças inesperadas, nunca devemos perder a esperança. A vida é cheia de surpresas - algumas boas, outras nem tanto - mas são elas que moldam a nossa jornada ou isto a que chamamos vida e nos transformam em pessoas mais fortes.
Então, enfrentemos os desafios com coragem, e mesmo quando acordarmos sem saber o que o dia nos reserva, lembremo-nos que somos capazes de superar qualquer obstáculo.
Não importa o quão perdidos nos sintamos, podemos sempre encontrar um novo caminho e construir uma nova vida, basta levantarmo-nos após a queda.


E… viver um dia de cada vez mas vivê-lo como se fosse, sempre, especial. 



 

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Será que somos, mesmo, do tamanho dos nossos Sonhos?

Carla M. Henriques, 03.10.23

Desde miúda que me habituei a ouvir que somos do tamanho dos nossos sonhos e, intrinsecamente, acho que sempre acreditei nisso. Fui vivendo a acreditar.

Somos do tamanho dos nossos sonhos e, eu, já fui tão pequena!

Fui pequena, no sentido de me limitar, de me contentar com pouco, de não procurar mais, de não ousar voar alto. Fui pequena por não me permitir mais, por achar que não merecia mais, por aceitar. Por muito tempo, conformei-me com o que a vida me ia dando, sem grandes ambições ou desejos ardentes.

Eu aceitava as “migalhas” que a vida me oferecia, sem questionar, sem procurar ou querer mais. Contentava-me com o comum, com o seguro, com o previsível. Era como se um véu cinza cobrisse os meus olhos, impedindo-me de ver além do que ia considerando "normal".

Dizem que somos do tamanho dos nossos sonhos e eu já me senti tão pequena!

Por muito tempo, conformei-me com a vida que tinha e deixei que as circunstâncias me limitassem. Que as cordas me prendessem. Que os outros decidissem por mim, sem questionar.

Mas, um dia, algo mudou dentro de mim e eu comecei a sonhar alto, acreditar em mim, no meu potencial e comecei a lutar pelos meus objetivos e sonhos. Algo mudou dentro de mim, como se uma chama se tivesse acendido no meu peito, como se tivesse passado a ter uma sede de viver intensamente, de realizar os meus sonhos mais profundos, um desejo de viver e de ser feliz.

Percebi então que a vida é curta demais para viver pela metade, para nos contentarmos com aquilo que não nos preenche por completo. Então, decidi que era hora de crescer, de expandir os meus horizontes e de sonhar. Percebi que a limitação estava apenas na minha mente, e que eu era a única que tinha o poder de transformar a minha realidade. Abri mão do medo, da insegurança, abracei a coragem e segui em frente.

Aos poucos, libertei-me das amarras que me prendiam ao chão. Comecei a acreditar em mim mesma, a confiar nas minhas habilidades e talentos. Deixei de lado os pensamentos limitantes e permiti-me, como todo o ser humano, sonhar além do óbvio, além do que achava que era possível. E, aos poucos, esses sonhos foram-se tornando realidade. Conquistei objetivos que antes pareciam inalcançáveis, superei desafios que antes me paralisavam só de pensar. Descobri que era muito maior do que imaginava, que dentro de mim existia uma força poderosa capaz de mover montanhas.

Percebi que não vale a pena esperar que as coisas caiam do céu e que, muitas vezes, é preciso correr atrás do que se deseja para as conseguir alcançar. Que o caminho pode ser bastante turbulento, mas no final a felicidade pode estar, ali, ao virar da esquina à nossa espera.

Afinal, a vida é curta demais para permanecer onde não somos felizes e limitados por medos e inseguranças.

Os começos são, sempre, difíceis. Foi difícil vencer batalhas. Superar desilusões. Ultrapassar traições. Ouvir muitas pessoas a desencorajarem e a tentarem-me convencer de que eu não seria capaz. Que não devia arriscar. Mas, devagarinho, sem olhar para trás, eu segui em frente e, aos poucos, conquistei pequenas vitórias que me deram mais confiança e motivação.

Hoje, olho para trás e vejo o quão longe cheguei. A menina pequena de antes deu lugar a uma mulher determinada, corajosa, que já não tem medo de sonhar alto. Aprendi que o tamanho dos nossos sonhos é o que determina o nosso crescimento, a nossa evolução e nos conduz à tão desejada felicidade.

Hoje, posso dizer que sou do tamanho dos meus sonhos e que continuo a sonhar cada vez mais alto. Ainda há muito para conquistar, mas estou certa de que, com dedicação e persistência, posso alcançar tudo o que desejo. Que a felicidade estará sempre a um passo de distância, se continuarmos a acreditar.

Não importa o quão pequenos se sintam agora. Eu sei do que falo. Acreditem, ousem sonhar, vão além das vossas próprias expectativas. Libertem-se das amarras do passado e abracem a grandiosidade que existe dentro de cada um de vós.

Pois, se somos do tamanho dos nossos sonhos, eu escolhi ser grande e por isso imensamente feliz.

E tu, já realizaste os teus sonhos ou ainda acreditas que és pequeno demais para alcançá-los?

Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Novo Acordo Ortográfico

Texto originalmente publicado em: https://reportersombra.com/sera-que-somos-mesmo-do-tamanho-dos-nossos-sonhos/

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