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[Eu sou uma longa história, sou...]

Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança (Ernest Hemingway)

[Eu sou uma longa história, sou...]

Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança (Ernest Hemingway)

[13.09.2024-13.10.2024]

Carla M. Henriques, 13.09.24
A esta altura faço sempre uma retrospectiva do ano que passou. Perto de completar mais uma volta ao sol, uma primavera ou inverno.Não há hipótese de errar. De trocar os números. De os virar de pernas para o ar. De trás para a frente. Serão sempre 44!
Falta precisamente um mês. A esta altura do campeonato,e não é o de futebol,nem falemos nisso que o meu clube continua pela hora da morte, imaginava estar num patamar diferente. Ter atingido um grau de satisfação e felicidade maior. Não me imaginava nas Caraíbas,nem numa praia em Ibiza,a apanhar sol e beber caipirinhas.
 
Que parva sou.
Na verdade conquistei tanta coisa no último ano, à custa de “sangue, suor e lágrimas”, quase,assim,literalmente. Se conquistei.Às vezes nem eu me lembro disso! Foram tantas lutas. Muitas lágrimas vertidas. Ganhei tanto. Conquistei a liberdade. Aprendi a voar novamente como um pássaro que acaba de nascer. Caí. Levantei. Vi entrarem e saírem tantas pessoas da minha vida. Ficaram as melhores. São as que importa manter. Confiei em algumas. Errei. Magoei. Magoei-me. Acreditei. Acho que irei continuar a acreditar mesmo que diga que não.
 
Continuo em busca do meu “porto seguro”,do meu rumo, aquele onde posso ser eu,sem medos ou julgamentos. Talvez ainda não tenha chegado a hora. O universo sabe o que faz. Sabe sempre.”Há um tempo para tudo debaixo do céu”, dizem! Começo a acreditar.
 
13, hoje,sexta-feira,não é o dia dos meus anos. Falta um mês. Mas é sempre um dia especial. Pelo amor. Pela paixão. Pela fé. Um número que me traz sempre recordações e memórias. Lembranças e histórias. Que me acompanha desde sempre. Não é de azar. É de sorte. Aquela pela qual luto todos os dias. A que me faz levantar e não desistir.Aquela que continuo a querer conquistar. Talvez esteja lá, a sorte, ao lado da felicidade ao virar de mais um ano. Quem sabe não é o 44 que tem reservado para mim tudo o que esperançosamente esperei e pelo que arduamente batalhei.
 
Quem sabe?
 
“Descobri, no meio de um inverno, que havia dentro de mim, um verão invencível. E isso faz-me feliz. Porque isso diz-me que não importa a força com que o mundo se atira contra mim, pois dentro de mim, há algo mais forte - algo melhor, empurrando de volta.”
 
 
 

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