Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança
(Ernest Hemingway)
Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança
(Ernest Hemingway)
Um dia acordamos sem saber que os acontecimentos desse dia poderão, de repente, mudar toda a nossa vida. Estanho, não é?
Ficamos perdidos, sem saber por onde começar a recuperação.Tudo o que tínhamos parece ter desaparecido de uma forma avassaladora.
A sensação de desamparo instala-se, deixando-nos confusos e atordoados. Levantamos tentando encontrar respostas, procurando entender o que aconteceu e como chegámos a esse ponto. A realidade é dura e é como se nos golpeasse com força. Os sonhos que tínhamos construído desmoronam diante dos nossos olhos.
Assim. Como se tudo se tivesse evaporado num instante. Nada era como imaginávamos. A incerteza sufoca-nos, o futuro apresenta-se como um caminho nebuloso e desconhecido. As certezas que tínhamos transformam-se em perguntas sem respostas. A perspetiva de um recomeço assusta e causa-nos uma mistura de sentimentos: medo, insegurança, tristeza. No entanto, no meio de todo esse caos, uma força interior começa a despertar. E como é grande a nossa força perante as adversidades. Percebemos que, mesmo perdendo tudo, ainda nos temos a nós mesmos. Aos poucos, começamos a reconstruir o nosso ser, a procurar novos horizontes, a reinventar a nossa história. A vida é feita de obstáculos, e nem sempre caminhamos pelo caminho que planeámos, imaginámos ou sonhámos. E é nesses momentos de adversidade que encontramos a coragem e a força para lutar e nos reinventar. Somos tanto.
Percebemos, finalmente, isso. Descobrimos que somos capazes de superar desafios, de encontrar novas oportunidades e de reconstruir os nossos sonhos ou idealizar novos. Com o tempo, entendemos que as mudanças inesperadas nos fazem crescer, nos tornam mais resilientes e nos mostram o verdadeiro valor das coisas que nos rodeiam. Apreciar o presente, aprender com o passado e enfrentar o futuro com coragem e determinação torna-se o nosso lema! Sem dúvida que sim. Pode ser assustador perceber que nada era como imaginávamos, mas essa constatação traz-nos uma grande lição: a vida é imprevisível e cabe-nos adaptarmo-nos e seguir em frente. Encontramos novas direções, novos sonhos e uma nova versão de nós mesmos.
Portanto, mesmo diante das adversidades e das mudanças inesperadas, nunca devemos perder a esperança. A vida é cheia de surpresas - algumas boas, outras nem tanto - mas são elas que moldam a nossa jornada ou isto a que chamamos vida e nos transformam em pessoas mais fortes. Então, enfrentemos os desafios com coragem, e mesmo quando acordarmos sem saber o que o dia nos reserva, lembremo-nos que somos capazes de superar qualquer obstáculo. Não importa o quão perdidos nos sintamos, podemos sempre encontrar um novo caminho e construir uma nova vida, basta levantarmo-nos após a queda.
E… viver um dia de cada vez mas vivê-lo como se fosse, sempre, especial.
Desde miúda que me habituei a ouvir que somos do tamanho dos nossos sonhos e, intrinsecamente, acho que sempre acreditei nisso. Fui vivendo a acreditar.
Somos do tamanho dos nossos sonhos e, eu, já fui tão pequena!
Fui pequena, no sentido de me limitar, de me contentar com pouco, de não procurar mais, de não ousar voar alto. Fui pequena por não me permitir mais, por achar que não merecia mais, por aceitar. Por muito tempo, conformei-me com o que a vida me ia dando, sem grandes ambições ou desejos ardentes.
Eu aceitava as “migalhas” que a vida me oferecia, sem questionar, sem procurar ou querer mais. Contentava-me com o comum, com o seguro, com o previsível. Era como se um véu cinza cobrisse os meus olhos, impedindo-me de ver além do que ia considerando "normal".
Dizem que somos do tamanho dos nossos sonhos e eu já me senti tão pequena!
Por muito tempo, conformei-me com a vida que tinha e deixei que as circunstâncias me limitassem. Que as cordas me prendessem. Que os outros decidissem por mim, sem questionar.
Mas, um dia, algo mudou dentro de mim e eu comecei a sonhar alto, acreditar em mim, no meu potencial e comecei a lutar pelos meus objetivos e sonhos. Algo mudou dentro de mim, como se uma chama se tivesse acendido no meu peito, como se tivesse passado a ter uma sede de viver intensamente, de realizar os meus sonhos mais profundos, um desejo de viver e de ser feliz.
Percebi então que a vida é curta demais para viver pela metade, para nos contentarmos com aquilo que não nos preenche por completo. Então, decidi que era hora de crescer, de expandir os meus horizontes e de sonhar. Percebi que a limitação estava apenas na minha mente, e que eu era a única que tinha o poder de transformar a minha realidade. Abri mão do medo, da insegurança, abracei a coragem e segui em frente.
Aos poucos, libertei-me das amarras que me prendiam ao chão. Comecei a acreditar em mim mesma, a confiar nas minhas habilidades e talentos. Deixei de lado os pensamentos limitantes e permiti-me, como todo o ser humano, sonhar além do óbvio, além do que achava que era possível. E, aos poucos, esses sonhos foram-se tornando realidade. Conquistei objetivos que antes pareciam inalcançáveis, superei desafios que antes me paralisavam só de pensar. Descobri que era muito maior do que imaginava, que dentro de mim existia uma força poderosa capaz de mover montanhas.
Percebi que não vale a pena esperar que as coisas caiam do céu e que, muitas vezes, é preciso correr atrás do que se deseja para as conseguir alcançar. Que o caminho pode ser bastante turbulento, mas no final a felicidade pode estar, ali, ao virar da esquina à nossa espera.
Afinal, a vida é curta demais para permanecer onde não somos felizes e limitados por medos e inseguranças.
Os começos são, sempre, difíceis. Foi difícil vencer batalhas. Superar desilusões. Ultrapassar traições. Ouvir muitas pessoas a desencorajarem e a tentarem-me convencer de que eu não seria capaz. Que não devia arriscar. Mas, devagarinho, sem olhar para trás, eu segui em frente e, aos poucos, conquistei pequenas vitórias que me deram mais confiança e motivação.
Hoje, olho para trás e vejo o quão longe cheguei. A menina pequena de antes deu lugar a uma mulher determinada, corajosa, que já não tem medo de sonhar alto. Aprendi que o tamanho dos nossos sonhos é o que determina o nosso crescimento, a nossa evolução e nos conduz à tão desejada felicidade.
Hoje, posso dizer que sou do tamanho dos meus sonhos e que continuo a sonhar cada vez mais alto. Ainda há muito para conquistar, mas estou certa de que, com dedicação e persistência, posso alcançar tudo o que desejo. Que a felicidade estará sempre a um passo de distância, se continuarmos a acreditar.
Não importa o quão pequenos se sintam agora. Eu sei do que falo. Acreditem, ousem sonhar, vão além das vossas próprias expectativas. Libertem-se das amarras do passado e abracem a grandiosidade que existe dentro de cada um de vós.
Pois, se somos do tamanho dos nossos sonhos, eu escolhi ser grande e por isso imensamente feliz.
E tu, já realizaste os teus sonhos ou ainda acreditas que és pequeno demais para alcançá-los?
Nota: este artigo foi escrito seguindo as regras do Novo Acordo Ortográfico
As férias são, em regra, a altura mais desejada do ano por todos nós. Momentos de descanso, de relaxe, de prazer, de passeio e convívio. São os momentos pelo qual esperamos ansiosamente.
Mas ir de férias com filhos, como será?
Ir de férias com filhos é uma experiência única e repleta de desafios, mas também de momentos memoráveis e de diversão em família. A dinâmica das férias muda à medida que os filhos crescem, passando por diferentes fases, desde bebés até à adolescência. Nenhuma melhor ou pior. Todas diferentes.
Quando os filhos são bebés, ir de férias requer uma dose extra de planeamento e preparação e, também, de paciência. Diz uma mãe de gémeos!
Há que ter em consideração toda uma logística, que vai desde o transporte, como carrinhos de bebé, cadeiras para o carro a todos os itens essenciais para cuidar de um, ou como foi o meu caso, de dois bebés. É importante ter em consideração as necessidades básicas do bebé, como a alimentação, o sono e a higiene. Ter um local adequado para ele poder descansar e manter uma rotina regular é, sem dúvida, essencial. Além disso, é importante ter sempre à mãos todos os bens necessários para algum imprevisto, como fraldas, roupas extras e/ou medicamentos. Diria que, apesar de um bebé dar algum trabalho, as férias com bebés costumam ser mais tranquilas, pois nesta fase, eles ainda não têm muitas necessidades específicas e são mais fáceis de entreter. Acabam por passar muito tempo a dormir, mas, obviamente, varia de bebé para bebé.
À medida que as crianças crescem, as férias tornam-se mais animadas e cheias de energia, mas também mais cansativas. As crianças adoram explorar novos lugares, brincar na praia, nadar na piscina e participar em atividades recreativas. É uma fase em que a curiosidade é aflorada e elas querem explorar tudo ao seu redor. Passeios ao ar livre, visitas a parques temáticos ou atividades em grupo são ótimas opções para entreter as crianças. Viajar com crianças requer paciência e flexibilidade, pois poderão sempre ocorrer imprevistos. Porém, é uma fase mágica para criar laços mais fortes em família e descobrir o mundo através dos olhos dos seus filhos. Nesta fase, também surgem desafios, como lidar com possíveis birras ou dificuldades em manter uma rotina de sono regular. É importante adaptar as férias às necessidades das crianças, oferecendo atividades adequadas à idade, bem como tempo para descansar.
Quando os filhos se tornam adolescentes, as férias ganham uma nova dimensão e diversão. Os interesses e preferências dos adolescentes estão em constante evolução, tornando-se essencial envolvê-los na planificação das férias. Eles podem ter opiniões sobre o destino, atividades e até mesmo sobre quem querem convidar para se juntar à viagem de férias. Os adolescentes desejam ter mais liberdade e independência, o que pode significar permitir-lhes explorar o destino sozinhos ou participar em atividades específicas para a sua faixa etária. Não podemos por isso esquecer o desejo de independência e individualidade de um adolescente, por isso é importante equilibrar essa liberdade com momentos em família, para que todos possam desfrutar da viagem juntos.
Independentemente da fase em que os filhos se encontram, ir de férias em família é uma experiência que fortalece os laços familiares, cria memórias duradouras, fortalece laços afetivos e proporciona momentos de diversão. Pode ser desafiador, mas também gratificante ver os filhos a crescer e a aproveitar as férias de diferentes formas ao longo dos anos.
Ir de férias com filhos é uma experiência incrível, repleta de desafios e momentos inesquecíveis, não obstante a dinâmica mudar conforme as diferentes etapas da vida dos nossos filhos, são esses momentos que tornam cada viagem única e especial.
No final, independentemente da idade, o mais importante é criar um ambiente de amor, compreensão e partilha, para que todos desfrutem ao máximo das férias em família.
Aproveite as particularidades de cada etapa e esteja aberta a experiências novas e emocionantes. Divirta-se com os seus filhos. Crie boas memórias, para que mais tarde, possa ser recordado/a com um enorme sorriso.
Dizem que a vida é feita de mudanças e que estamos sempre a tempo de recomeçar. Uma frase, tão simples, mas que carrega em si uma poderosa mensagem de esperança e renovação. Podemos recomeçar tantas vezes quantas quisermos e nos permitirmos. Os últimos tempos, para mim, têm sido de mudança. De desafios. De recomeços.
Perto do início de mais um mês, setembro traz, em regra, vários recomeços. Regresso às aulas. Regresso ao trabalho, para muitos, após as merecidas férias. Regresso a tantas rotinas que ficaram em suspenso durante o verão.
Mas, setembro ou qualquer outro mês, pode trazer consigo diversas mudanças. Algumas bem mais profundas do que o regresso ao trabalho e à escola. Esses recomeços podem surgir de diversas maneiras: seja a mudança de trabalho, a mudança de casa, o fim de um relacionamento, uma perda significativa ou simplesmente a procura por uma nova perspetiva de vida. Independentemente da origem, recomeçar é uma oportunidade valiosa para crescer, aprender e encontrarmo-nos.
Basta querermos e crermos!
Claro que recomeços e/ou mudanças podem trazer medo, sensação de perda, tristeza. Quantas vezes nos deparamos com situações em que sentimos que tudo está perdido, que não há mais saída? É nesses momentos que nos devemos lembrar de que a vida é uma constante oportunidade de recomeçar. Nem sempre recomeçar é algo ruim, embora seja comum sentir medo, insegurança e até mesmo alguma resistência nesses momentos de recomeço.
Afinal, o desconhecido pode ser intimidante!
Mas não importa o que tenhamos vivido ou enfrentado até agora, haverá sempre uma nova oportunidade para recomeçar. Podemos ter errado, caído, magoado, mas isso não significa que não possamos levantar e seguir em frente. Isso não significa, jamais, que não possamos seguir um novo caminho.
Afinal, os recomeços são como asas que nos impulsionam a voar novamente e nos dão novas oportunidades de aprender com os erros e nos tornarmos melhores pessoas!
Apesar de a vida nos confrontar com alguns desafios que nos parecem insuperáveis, apesar de parecer que estamos presos a ciclos de dificuldades e não conseguimos encontrar a luz ao fundo do túnel, devemos lembrar-nos de que recomeçar é sempre possível. Podemos mudar de direção, procurar novas oportunidades e transformar a nossa realidade.
Acreditem. Podemos. Pode parecer, por momentos, que não. Mas podemos!
Mas lembrem-se que recomeçar não significa apagar o passado, mas sim aprender com ele e seguir em frente. É uma oportunidade de renovação, de nos reinventarmos e de procurarmos a felicidade que talvez tenha ficado para trás. A vida é um constante fluxo de mudanças, e recomeçar é parte fundamental desse processo. Não importa a idade que tenhamos, estaremos sempre a tempo de recomeçar e criar histórias e memórias. É um privilégio que a vida nos dá, a oportunidade de refazer os nossos caminhos, de escolher um novo rumo e de nos permitir sermos verdadeiramente felizes. Não importa quantas vezes precisemos de recomeçar, o importante é nunca desistirmos de tentar!
Muitas vezes, os recomeços vêm acompanhados de mudanças de rumo e prioridades. Talvez seja preciso abandonar antigos padrões e hábitos que já não fazem mais sentido. É um momento de nos conectarmos connosco mesmos, descobrirmos novos interesses, estabelecermos novas metas e traçar novos caminhos que estejam mais alinhados com nossos valores e desejos mais profundos.
É verdade que o processo de recomeçar pode ser desafiador. Mas, quando abraçamos essa oportunidade de crescimento e nos permitimos explorar o desconhecido, descobrimos um universo de possibilidades e experiências enriquecedoras. A vida presenteia-nos com a oportunidade de nos reinventarmos a cada novo recomeço.
Setembro, será o recomeço para mim, para ti e para muitos de nós. O tipo de recomeço de cada um não interessa. As razões que os levam a recomeçar também não.
Portanto, sempre direi que, quando nos depararmos com momentos difíceis, com obstáculos aparentemente intransponíveis, lembremo-nos de que a vida é feita de recomeços. Tenhamos coragem para enfrentar todos os nossos medos, acreditemos nas nossas capacidades de superação e sigamos adiante. Afinal, a felicidade espera por nós, e estaremos sempre a tempo de recomeçar.
Em setembro, mês de recomeços, abracem todos os desafios que vos surjam, aprendam com as experiências passadas e permitam-se evoluir.
Afinal, a vida é uma constante renovação, e os recomeços são as sementes que plantamos para colher uma jornada mais plena e significativa.
Adeus, agosto. Olá, setembro, que sejas o mês de bons recomeços e momentos.
Sempre ouvi, ao longo da minha vida, dizer que somos mais fortes do que pensamos e mais capazes do que acreditamos, mas confesso que tinha sérias dúvidas que fosse verdade. Temos, sempre, dúvidas até não nos restar outra opção que não seja acreditar.
Hoje, com toda a certeza, posso dizer-vos que esta é a mais pura das verdades. Sou mais forte do que pensava e mais capaz do que acreditava. Enquanto tiver coragem, duas pernas, dois braços, coragem e fé, serei capaz.
Após momentos de solidão.
De silêncio.
De tristeza.
De reflexão.
De muitas lágrimas vertidas.
Muita dor.
Após momentos de muita ponderação senti vontade de voltar aqui. Para ficar.
Senti vontade, principalmente, de voltar a fazer o que tanto prazer me dá: escrever. Não que tenha deixado de o fazer. Faço-o, em silêncio. Faço-o, guardando nas notas do telemóvel. Faço-o naqueles momentos tão meus. Quando me sento, sozinha, na areia a sentir o vento no rosto, o sol na pele, a ouvir as ondas, a sentir o cheiro do mar e a recarregar as minhas energias.
Mas hoje voltei a sentir vontade ou, talvez, necessidade de escrever. Pouco me importa o que pensam. Só o que eu penso. O que eu sinto. Só isso importa. Nada mais me importa agora. Apenas EU!
Ao longo desta semana percebi que sou mais forte do que pensava. Descobri que adiamos decisões a achar que estamos a fazer o melhor, mas depois vem a vida e prova-nos o quanto estávamos errados. Abana tudo. Coloca-nos de pernas para o ar. Obriga-nos a avançar mais depressa do que achávamos que seriámos capazes. Mostra-nos que, afinal durante tanto tempo, estávamos presos a nadas. A medos. A pressões. A ilusões.
E de repente, sem querer, da maneira que não desejava, a vida tornou-se mais leve. Depois de tão pesada. Tornou-se muito mais leve. Difícil, mas leve. Percebo então que há muito devia ter tido coragem.Ter tomado as rédeas da minha vida. Sem medo de pensamentos e julgamentos.
Percebo então que mais importante que o que os outros possam pensar é o que eu penso e sinto.
E, finalmente, eis chegada a hora de seguir caminho … em direção da Felicidade.
Já ouviram falar de uma história de amor entre uma mulher e uma gata?
Esta é uma das histórias de amor mais bonitas que irão conhecer, a outra história de amor tão bonita quanto esta,conto outro dia.
A protagonista desta história é uma mulher com um coração enorme e um amor incondicional pelos animais. Um dia,numa das suas caminhadas num local, a que passou a chamar de cantinho,encontrou uma gatinha “abandonada”. O olhar daquele animal, o seu carinho e a sua meiguice tocaram o coração daquela mulher,que ponderou levá-la para casa,mas depois de alguns minutos a fazer-lhe companhia, assim como apareceu, desapareceu. Seguiu o seu caminho.
Mas desde aquele momento,uma conexão especial nasceu entre as duas.
Com o tempo,as duas desenvolveram uma relação única e especial.
Sempre que ia aquele lugar a sua amiga aparecia,vinda do nada. Deitava-se ao seu lado. Recebia e dava carinho. As travessuras e ronronares da gatinha eram uma fonte constante de alegria e conforto.
Juntas, viviam momentos, curtos, de partilha e compartilhavam momentos de felicidade, cumplicidade, construindo uma conexão profunda que só o amor verdadeiro pode proporcionar.
Não exigiam nada uma à outra além de uns minutos de carinho, amizade, companhia e amor.
Esta história de amor entre uma mulher e uma gata é um exemplo da conexão que pode existir entre diferentes espécies.
Mostra que o amor, cuidado e compaixão transcendem barreiras e podem transformar vidas.
Essa mulher, sou eu.
Ela transformou a minha vida. Transforma, sempre, que nos encontramos.
Por tudo o que me dá e não exige.
Passe o tempo que passar, parece que sempre nos iremos encontrar. Ali. Como se pertencêssemos uma à outra.
Como se existisse algo que nos une.
E,na verdade, há. Chama-se Amor.
Amor gratuito. Puro. Eterno.
Esta é uma história de amor entre uma mulher e uma gata.
Eu e a Vitória, como a batizei.
Hoje lá estava ela, como se me esperasse para aquele momento tão nosso.
Assim foi.
De lágrimas nos olhos chamei-a.
Abracei-a.
Dei-lhe um pouco de mim.
Recebi muito mais dela. Sempre.
Como irei continuar a receber enquanto nos encontrarmos.
Não sei se a mais bonita história de amor. Uma das. Nem interessa. É a nossa. A minha. A dela. Isso é tudo o que importa.
•
A outra história sobre um amor bonito, prometo contar outro dia. Por enquanto, aproveitem esta história de amor entre uma mulher e uma gatinha.
Era um dia de verão, desses dias em que o sol brilha forte e o céu está tão azul que parece que vai durar para sempre.
O calor era intenso, mas a brisa que vinha do mar trazia um alívio refrescante.
Decidi que não ficaria trancada dentro de casa naquele dia, e assim, coloquei o meu chapéu, peguei na minha mala e na minha toalha e segui em direção à praia.
A caminhada era longa, tinha alguns quilómetros a percorrer, mas o caminho era tão bonito que nem dei pelo tempo passar.
As árvores e as flores estavam todas em pleno florescer e o cheiro no ar era delicioso.
Quando finalmente cheguei à praia, deparei-me com um bonito espetáculo de cores.
O mar estava tão azul que parecia que eu podia mergulhar e me perder nas suas profundezas.
As ondas quebravam na areia, deixando uma espuma branca que brilhava ao sol.
Encontrei um lugar para me sentar, estendi a toalha, abri o meu livro e aproveitei o dia.
Ouvia as ondas do mar, as risadas das crianças e o som de uma música que vinha de algum lugar próximo, fechei os olhos, respirei fundo, sentindo o cheiro do mar e sentindo o calor do sol na minha pele.
O dia passou tão rápido que nem percebi. Quando o sol se começou a pôr, levantei-me para ir embora. A praia estava quase vazia, as pessoas já começavam a voltar para casa. Eu olhei para trás e senti uma leve tristeza, como se estivesse a deixar para trás um lugar mágico e especial.
Mas eu sabia que aquele dia ficaria para sempre na minha memória, como um dia em que eu me permiti desfrutar dos pequenos prazeres da vida.
E sabia que, mesmo que a vida me levasse para longe da praia, eu sempre teria aquele dia de verão para me lembrar do quanto a vida pode ser bonita e especial!
“Quando eu morrer voltarei para buscar os instantes que não vivi junto do mar”
Haverá sempre um lugar especial que será apenas meu e teu.
Ninguém jamais o conhecerá ou fará parte dele.
Será meu e teu. Nosso.
Nesse cantinho, seremos donos dos segredos mais profundos e sonhos mais íntimos.
Será o refúgio onde nos teremos sem distrações. Um espaço sagrado onde seremos autênticos e verdadeiros.
Ali,poderemos compartilhar alegrias e tristezas, conquistas e decepções,sem medo de sermos julgados ou incompreendidos.
Cada espaço será preenchido com a nossa cumplicidade e amor, fortalecendo o que nos une. Esse lugar. Meu. Teu. Nosso.
Será feito de momentos inesquecíveis,de risadas e lágrimas compartilhadas, de longas conversas e abraços apertados.
Será o lugar onde encontraremos paz que só existe quando estamos juntos.
Nas paredes desse lugar,criaremos os nossos próprios símbolos que só nós entenderemos.
Cada objeto terá o seu significado especial, representando os nossos encontros,as nossas histórias e as memórias únicas que iremos guardar para sempre.
Compartilharemos os nossos sonhos mais profundos,que serão regados com apoio mútuo e motivação. Juntos, seremos capazes de alcançar o inalcançável,construir a vida que sempre desejámos e realizar cada um dos nossos anseios.
Esse lugar será eterno, resistindo ao tempo e às adversidades. Mesmo quando estivermos distantes, fisicamente, sabemos que esse espaço será sempre o nosso refúgio, onde nos poderemos conectar em pensamento e energia, longe de tudo e de todos.
Ninguém jamais poderá entrar, pois ele é só nosso.
Ninguém o conhece. Ninguém sabe.
É onde nos sentimos completos,onde podemos ser nós mesmos, sem precisar nos adequar a padrões ou expectativas externas.
Neste lugar especial, somos livres para amar e ser amados, para sermos vulneráveis e autênticos. Para rir e chorar.
É o espaço onde encontramos a tranquilidade necessária para enfrentar o mundo lá fora,sabendo que temos o nosso porto seguro.
Assim, mesmo quando a vida nos levar por caminhos diferentes, esse lugar sempre estará lá,a esperar por nós. Será, sempre, onde iremos acabar por nos reencontrar.
É onde os nossos corações se encontram, onde as almas se unem, os olhares brilham e se perdem, e nada nem ninguém nos poderá tirar isso.
É nosso aquele lugar.
Simples. Mas nosso.
Haverá sempre um lugar especial que será apenas meu e teu. Nosso.
Quantas vezes já nos sentimos numa encruzilhada que é como quem diz entre duas escolhas? Todos nós já nos sentimos assim.
A vida é cheia de escolhas e decisões, propósitos e definições. Caminhos e encruzilhadas, vínculos e amarras. Não raras vezes ficamos perante um dilema: escolher o caminho mais fácil e seguro, mas que poderá não nos trazer felicidade ou arriscar e seguir os nossos sonhos, mesmo que isso signifique enfrentar obstáculos e críticas dos outros, mas ser feliz?
A decisão ou escolha de ser infeliz com medo do que os outros vão pensar de nós ou arriscar e ser feliz mesmo sabendo que haverá obstáculos é, obviamente, algo muito pessoal e subjetivo. Sem dúvida que o é! Para muitos, a opinião dos outros é extremamente importante e, por isso, preferem seguir um caminho que agrade a todos, mesmo que isso signifique abrir mão das suas próprias vontades e sonhos e, até mesmo, da felicidade. Já outros acreditam que a felicidade pessoal deve estar acima de qualquer opinião alheia e, por isso mesmo, estão dispostos a enfrentar os obstáculos que surgirem no seu caminho para alcançar a tão almejada felicidade.
Eu diria, antes de mais, que não existe uma resposta certa ou errada para esta questão, pois cada pessoa tem sua própria forma de lidar com as pressões sociais e os desafios que a vida lhe vai impondo. Algumas pessoas podem sentir-se mais seguras seguindo o caminho convencional, aquele que não desafia, o que a sociedade define como certo, que não discute regras nem valores, mesmo que não concorde ou aceite. Por outro lado, há outras que preferem desbravar novos horizontes e procurar a felicidade de forma mais autêntica e pessoal, quebrando barreiras, vencendo obstáculos, indo contra o que a sociedade considera como o certo e aceitável.
Afinal quanto custa ser feliz? Haverá um preço? Ou simplesmente ser feliz jamais terá um preço?
Há uns dias discutia este tema com alguém especial. Trocámos algumas mensagens sobre o assunto. E questionava o que era preferível: romper barreiras, lutar contra tudo e todos e ser feliz ou, um dia, olhar para trás e arrependermo-nos do quão podíamos ter sido felizes e não fomos com medo das opiniões alheias?
Sem dúvida que a felicidade é algo muito pessoal, já o disse antes, e que cada pessoa deve encontrar sua própria forma de alcançá-la, sem pressões e/ou obrigações, seja seguindo as expectativas sociais ou seguindo o seu próprio caminho, o importante é que a pessoa se sinta realizada e feliz consigo mesma. É preciso ter coragem para enfrentar os obstáculos da vida, mas também é importante lembrar que o medo e a insegurança podem ser superados com o tempo e a experiência. O importante é nunca deixar de procurar a felicidade e a realização pessoal, independentemente dos desafios que possam surgir no nosso caminho, das opiniões dos outros, dos nossos medos e receios. Afinal o arco-íris não surge nos dias de chuva?
Compreendo que muitos de nós optem pela segurança e a estabilidade, mesmo que isso signifique abrir mão dos nossos desejos e sonhos, mas não há nada pior que o fazer por temer o julgamento dos outros e preferir evitar qualquer tipo de conflito ou desconforto, porque, no fim, essa escolha pode levar a uma vida infeliz e insatisfatória.
Por muito que entenda quem escolhe ficar, em vez de partir ou partir, em vez de ficar, por medo do julgamento dos outros, por medo do incerto, eu escolheria a estrada, a encruzilhada, o caminho que me pode levar à felicidade e, embora pudesse saber que seguir os meus sonhos, desejos, planos possa ser assustador e difícil, há algo que de que não me esqueço jamais:a felicidade exige esforço, nunca será algo simples e fácil de obter!
A vida é tão cheia de altos e baixos, que será sempre, através da superação desses mesmos obstáculos que crescemos e nos tornamos mais fortes. Além disso, quando seguimos os nossos sonhos, desejos e planos, estamos a viver uma vida autêntica, verdadeira e com significado, que nos trará, com certeza, uma sensação de realização e propósito.
O caminho pode ser difícil, pode estar cheio de pedras e obstáculos, poderão existir muitas quedas, mas acreditar que vale a pena lutar pelos nossos sonhos e pela nossa felicidade é meio caminho para conseguir vencer.
Em última análise, direi sempre que não obstante a escolha, entre a segurança e o risco, ser uma decisão pessoal e depender de cada um de nós, não devemos nunca esquecer que a vida é curta e que devemos aproveitar ao máximo cada momento. E aproveitá-los bem. Com um sorriso no rosto, sempre.
Se têm um sonho, não deixem o medo ou o julgamento dos outros impedir-vos de persegui-lo, de o viver. Arrisquem e sigam os vossos sonhos e desejos mesmo que isso signifique enfrentar tudo e todos ou nunca saberão como podia ter sido. Não haverá, com certeza, pior do que viver com a dúvida.
A felicidade é uma recompensa demasiado valiosa pela qual valerá, sempre, a pena lutar. Entre o certo e o errado, escolhe a Felicidade.
Acabo, o presente, texto com uma frase: Precisamos estar dispostos a nos livrar da vida que planejamos, para podermos viver a vida que nos espera. A pele velha tem que cair para que uma nova possa nascer. - Joseph Campbell
Este seria, à partida, um daqueles textos bonitos de escrever e ler. Cheio de floreados, de adornos, de fantasia, de puro amor. Em parte, não o será. Romantizar a maternidade continua a ser um erro. Fazer dela um bicho papão, também. É preciso olhar para a maternidade com peso e medida e, principalmente, de forma real. Cada caso é um caso. Uma mulher nunca mais será a mesma desde que decide gerar vida. Desde que decide ser mãe.
Quis muito ser mãe. Durante um tempo, creio, detestei sê-lo.
Fui mãe, de gémeos, com 24 anos. Sim, 24 anos. Sim, gémeos. Fui mãe, bastante nova, porque achei que era o meu projeto de vida. Quando o desejei, achei que seria simples, fácil e que no fim me iria sentir a mulher mais feliz do mundo. Durante quase dois anos, lutei para ser mãe, fiz vários tratamentos, sofri muito. Quase perdi os meus filhos após saber que já os carregava no meu ventre. Tentar ser mãe é uma luta solitária, dura, difícil. Mas ser mãe é, também, uma das experiências mais intensas que podemos viver. Tornar-me mãe foi uma das experiências mais transformadoras da minha vida. Por várias razões. Não foi o sonho que imaginei. Esteve longe de o ser. Em alguns dias esteve, muito, perto de parecer um verdadeiro inferno. Palpites daqui e dali. Julgamentos. Opiniões. Cansaço extremo. Desilusão. Baixa autoestima. Virei gata borralheira. Deixei de me cuidar. Visitas constantes, quando tudo o que queria era, somente, paz e sossego. Estar com os meus filhos. Olhar para eles. Criar uma relação com eles. Descansar.
Ser mãe fez-me aprender muito sobre mim mesma, principalmente a amar de uma forma gratuita e incondicional. A cuidar daqueles dois seres com amor, dedicação e responsabilidade e, acima de tudo, a valorizar cada momento com eles e cada sorriso deles. Aprendi, também, a desvalorizar as minhas dificuldades, as minhas incertezas, os meus medos e as minhas frustrações. Aprendi a ser mais paciente, mais flexível, mais criativa e mais resiliente. Aprendi a conhecer-me melhor, a reconhecer os meus limites e as minhas qualidades, a aceitar as minhas falhas e a celebrar as minhas conquistas. Aprendi a reinventar-me, a adaptar-me, a desafiar-me e a superar-me. Aprendi que ser mãe é uma jornada de descoberta, constante, de aprendizagem, dúvidas, crescimento e de felicidade, mas que jamais devemos deixar de ser mulheres e tornar-nos exclusivamente mães.
Ser mãe, também, me ensinou que sou muito mais forte e corajosa do que imaginava. Que viro leoa para defender os meus filhos. Mas, acima de tudo, descobri em mim uma força interna que me guia nos momentos mais difíceis. Aprendi que nem tudo é perfeito e que, apesar disso, afinal, está tudo bem.
A perfeição na maternidade é uma ilusão. Não é tudo perfeito como tentam passar. Aceitar que cometer erros faz parte do processo e que cada erro é uma oportunidade para aprender, melhorar e crescer é o caminho certo. Valorizar as pequenas coisas e encontrar a alegria na simplicidade é a melhor das opções. Aprendi, ao fim de algum tempo, a descobrir-me, que continuo a ser mulher. Sensual e com vontade de me sentir desejada.
Hoje, diria, que a maternidade não foi o fim da minha jornada pessoal, mas sim o início de uma nova fase. Ainda tenho muito a aprender, experienciar e descobrir sobre mim mesma e sobre o mundo ao meu redor. Ser mãe é um presente maravilhoso e desafiador, que me ensinou e ensina algo novo todos os dias e me ajuda a crescer como ser humano, agora de uma forma diferente. Ser mãe, sim, mas nunca deixar de ser mulher.
Volvidos, quase, 18 anos, ser mãe tornou-se um desafio diferente. Já penso quando irão voar e o “ninho” ficará vazio. Faz-me pensar que não sei onde ficaram estes, quase, 18 anos. E se, até há pouco tempo, achava que ser mãe era algo que jamais voltaria a querer, hoje, percebi que não aproveitei a maternidade como devia e com 42 anos, apesar da sociedade ser a maior julgadora – e que me importa a mim, seria perfeitamente capaz de voltar a gerar vida.
Seria uma mãe diferente. Mais emotiva. Mais disponível. Mais sensual. Mais feliz. Mais eu!
Porque não há idade para a maternidade quando há desejo e amor!